Seis meses depois da tragédia ambiental de novembro, há roupas, eletrodomésticos, móveis e alimentos remanescentes das doações a desabrigados estocados em um galpão em Blumenau.
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Para evitar golpes como o que teria ocorrido em Ilhota, de onde teriam sido desviadas toneladas de donativos – encontrados em casas e galpões de Rio Negrinho e Campo Alegre, no Planalto Norte, na semana passada -, o repasse dos produtos é direcionado apenas a 28 entidades assistenciais e famílias de baixa renda cadastradas na Secretaria de Assistência Social.
Uma empresa de logística foi contratada pela prefeitura para separar os produtos, montar as cestas básicas e controlar a entrada e saída dos donativos. Além dela, funcionários da secretaria têm acesso ao galpão.
As famílias só podem retirar os produtos na Assistência Social, onde são distribuídas cerca de 3 mil cestas básicas mensalmente. Cada uma tem direito a até duas cestas por mês, dependendo da condição socioeconômica. Abrigados nas moradias provisórias também recebem alimentos. No entanto, o secretário de Assistência Social, Mário Hildebrandt, destaca que nem todas as famílias cadastradas recebem donativos:
– Elas passam por uma triagem socioeconômica, que apura àquelas que realmente necessitam de doações.
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Empresa atenta à data de validade dos produtos
Somente as 28 entidades beneficiadas podem buscar os donativos diretamente no galpão. A quantia destinada a cada uma delas está separada em pilhas, identificada com o nome da instituição em uma placa. Ao chegar ao local para retirar as doações, o representante da entidade tem de apresentar documento que comprove o vínculo. O secretário explica que estas entidades ganharam alimentos e produtos de limpeza porque também foram prejudicadas pela catástrofe:
– Desde a tragédia diminuiu o número de doações de blumenauenses diretamente às entidades, porque muita gente foi atingida e teve prejuízos. Além disso, o município não terá condições de repassar subvenções a elas este ano.
Segundo o secretário, desde fevereiro Blumenau não recebe mais alimentos. Só chegam doações esporádicas de móveis e utensílios domésticos.
A empresa de logística também é responsável por garantir que os alimentos sejam distribuídos antes de o prazo de validade vencer ou roupas apodrecerem. Para distribuir as peças de roupas, a secretaria vai promover bazares solidários em escolas nos bairros. Ainda não há datas e locais definidos.
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