A exemplo de tantos outros, o argentino Juan Carlos Amaya escolheu Balneário Camboriú para passar uma temporada de 15 dias, ainda na década de 1980. Se encantou. Como ele mesmo diz: “foi ficando, ficando…” e até hoje está na cidade conhecida como capital catarinense do turismo. Assim como o hermano, 45,75% da população de 108.089 moradores do município são pessoas que vieram de outros estados e países. Balneário Camboriú é a segunda cidade que mais recebe migrantes do Estado e a primeira do Vale do Itajaí. Tem, ainda, a quarta maior concentração de estrangeiros (1,27%), que equivale a 1.379 moradores, segundo o Censo.

Continua depois da publicidade

Essas pessoas que escolheram Balneário para viver ajudam a construir a cidade. Amaya, hoje com 62 anos, é corretor de imóveis. Em seu currículo, ajudou a construir a identidade baladeira de Balneário Camboriú. Ainda nos anos1980, ao chegar no município, depois de curtir muita praia, Amaya se tornou sócio de um amigo argentino e foi um dos fundadores da tradicional boate Baturité.

Depois levou as famosas lojas de R$ 1,99, que eram febre na Argentina, para Balneário Camboriú já em 1995, um ano após o Brasil adotar o Real – numa época em que câmbio ainda estava parelho com o dólar. Diz ele, que foi o pioneiro neste tipo de negócio em nosso país.

Hoje, Amaya é naturalizado brasileiro e preside o Círculo Argentino de Santa Catarina. A entidade foi fundada em 1995 por famílias da região, que se reuniam para jogar baralho, fazer comidas típicas, tomar vinho e dançar tango. O círculo tem sede própria, com área de lazer, piscina e mais de 750 sócios.

– Eu, como vários argentinos, vim morar para cá naquela época em que nossa moeda valia bem. Muitos compraram apartamentos aqui. Considero o Brasil como meu país. É onde trabalho, onde conheci minha mulher Maria Cristina e tive meus dois filhos: Ornella, de 27 anos, e Anthony, de 25 anos – conta, com orgulho.

Continua depois da publicidade