Em 2002, na Rede Globo, foi ao ar Fama, o primeiro reality show musical brasileiro. De lá para cá, pelo menos outros três programas surgiram e consolidaram a febre do gênero no país: Ídolos (em 2006, no SBT), The Voice Brasil (2012) e SuperStar (2014), ambos na Globo. O formato dá visibilidade nacional, traz cachês melhores e permite que alguns candidatos consigam realizar o sonho de se tornar profissionais e, de fato, viver de música. Em muitos casos, entretanto, não é preciso vencer uma edição para alcançar esse objetivo.
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Do reality à realidade
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Parecia arriscado, mas os votos de milhões de brasileiros confirmaram o oposto: o público gostou das músicas autorais da Malta. Vencedor do SuperStar, inovador reality show da Rede Globo dedicado exclusivamente a bandas, o quarteto paulista montado há menos de um ano mostrou que vale a pena correr atrás de um sonho, mesmo que para muitos ele de fato nunca venha a se concretizar.
Supernova, música escrita pelo vocalista Bruno Boncini, consagrou o grupo como vencedor, em julho, e deu nome ao álbum de estreia lançado neste mês. Com a primeira tiragem de 40 mil cópias esgotada, a banda fez história e conquistou o primeiro disco de platina duplo. Dinho Ouro Preto, líder do Capital Inicial (que faz show sábado em Florianópolis) e um dos jurados do programa, afirma que a Malta caminha para ser a campeã em vendagem de discos neste ano:
– Eles são muito talentosos. É uma coisa sem precedentes o que aconteceu. Em geral, a regra é o contrário: um grupo tem de encarar estrada, entender que calos fazem bem, assim como tocar para uma plateia hostil. Nas adversidades é que você vai adquirir o know how para aprender a lidar com o que pode vir depois. No entanto, a Malta optou por fazer uma coisa corajosa que nenhum outro participante do reality fez, mostrou o disco inteiro. Enquanto todo mundo estava fazendo versões de músicas conhecidas, eles trouxeram 11 autorais.
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Turnê catarinense
Paralelo ao sucesso do rock romântico, veio a primeira turnê nacional do quarteto, que começou em agosto pelo Sul do país. Agora o frontman Bruno, o guitarrista Thor Moraes, o baixista Diego Lopes e o baterista Adriano Daga chegam às cidades catarinenses mostrando, nas palavras da apresentadora Fernanda Lima, o futuro do rock brasileiro. Depois dos shows em Lages e Chapecó na semana passada, eles se apresentam em Timbó (hoje), Joinville (amanhã), Tubarão (sábado) e Florianópolis (domingo).
Catarinenses no The Voice
Foto: Quinho Mibach / Divulgação
Dudu Filetti tem nova oportunidade no The Voice
Anos de estrada podem não trazer a visibilidade que um reality show promove. Mas fazer parte de um também não torna o participante necessariamente uma celebridade consolidada. É o que explica Janaína Cruz, catarinense de Criciúma que integrou a segunda edição do The Voice Brasil, em 2013:
– Mesmo que seja momentâneo, dá um up na carreira. Manter, na verdade, é o mais difícil. Depois que você sai, tem de andar com as próprias pernas, sem ter tanto contato com a mídia.
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Para quem tem a chance de entrar, a dica da Bruna Góes, de Florianópolis, é planejar a participação. Ela, que se inscreveu na segunda edição do The Voice por incentivo dos amigos, acreditava que não seria selecionada por conta da pouca vivência como cantora.
– É uma experiência, acima de tudo. Vai de você decidir como ela será. Aconselho fazer planejamento de apresentações, de divulgação, de trabalho. É uma coisa que me arrependo de não ter feito. Teria me organizado melhor para já ter shows vendidos quando saísse, como os outros fizeram – afirma.
Planejando ou não, a simples participação em uma atração de alcance nacional aumenta a visibilidade, trazendo um incremento na agenda e no cachê. Dudu Fileti, que não passou nas audições às cegas no ano passado e voltou ao The Voice nesta edição, diz que os fãs esperam pelos shows dos participantes quando o reality termina:
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– Sou mais conhecido depois do programa, com certeza. As pessoas já reconhecem na rua. Faz muita diferença, pois é a sua cara e o seu trabalho sendo vistos por milhões de pessoas, não só no momento da exibição, mas em toda a repercussão posterior.
Agende-se
O quê: turnê catarinense da Banda Malta
Quando: hoje, abertura da casa às 23h
Onde: em Timbó, no Biereck (Rua Fritz Lorenz, 1774)
Quanto: a partir de R$ 50 (pista – 3º lote), à venda no site Oi Ingressos
Informações: biereck.com.br
Quando: amanhã, abertura da casa às 22h
Onde: em Joinville, no Square Garten (Av. Santos Dumont, 2.625, Aventureiro)
Quanto: a partir de R$ 45 (ingresso solidário – 2º lote, necessário levar 1kg de alimento não perecível), à venda no site Softicket
Informações: joinvillesquaregarden.com.br
Quando: sábado, abertura da casa às 23h
Onde: em Tubarão, no Hangar Eventos (Rua Padre Geraldo Spettmann, 737)
Quanto: a partir de R$ 40 (pista – 2º lote), à venda no site Minha Entrada
Informações: facebook.com/hangar.eventos
Quando: domingo, abertura da casa às 14h
Onde: P12 (Servidão José Cardoso de Oliveira, s/n°, lote 3, Jurerê Internacional)
Quanto: R$ 60, à venda no site Eccopass
Informações: parador12.com.br