Nosso novo ministro da Educação passa a ocupar o cargo a partir de abril de 2015. O filósofo Renato Janine Ribeiro tem tarefas urgentes e entre os principais desafios escolhe o investimento no ensino básico como meta principal.

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Janine é professor da USP e tem o apoio da academia em sua nova missão. É visto como uma sábia esperança meio toda a crise institucional encarada pelo governo. Como colunista, muito escreveu sobre ética, acredita que a condenação deve ser contra a corrupção praticada por quem quer que seja, partido A ou B.

Janine toma posse como ministro em rápida cerimônia

Renato Janine Ribeiro é o novo ministro da Educação

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Em entrevista concedida à jornalista do Grupo RBS, não teme assuntos polêmicos: defende que alunos da universidade pública devolvam à sociedade, de alguma forma, o incentivo que receberam ao longo dos anos. Uma corrente de boas práticas, responsabilizando cada cidadão pela mudança que espera ver no mundo.

Devolver à sociedade o que foi propiciado como direito é dever de todos e é nesse sentido que tranformadores sociais dedicam suas trajetórias pessoais, profissionais, artísticas, familiares, à tentativa de solucionar problemas de um dos setores ainda deficitários em nosso país: a educação.

Há exemplos que mudam vidas, que disseminam a noção de empreendedorismo e

transformação social através da educação. A ideia é exemplificada em três cases:

incentivo infantil, protagonismo de adolescentes e ensino preparatório para o vestibular:

Histórias para ver, ouvir e tocar

Rosangela Kirst da Silveira acredita que a transformação da educação brasileira começa em sua sala de aula ao influenciar educadores e alunos de todos os lugares através da ação. A professora da Escola de Educação Básica Professora Maria do Carmo de Souza, em Palhoça ? SC, fez acontecer o projeto ‘Histórias para ver, ouvir e tocar’, finalista do 2º Prêmio RBS de Educação.

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Acreditando que a leitura possui papel fundamental na relação dos seres humanos com o mundo, cumpre sua missão como educadora planejando intervenções entre as crianças e os livros. Sistematizou e aplicou um esquema de rodas de leitura entre turmas de 1º a 4º ano, levando em conta a empolgação que seus alunos possuíam e seu desejo de tornar ainda mais claro à todos eles a importância deste hábito na vida das pessoas.

Nesta pequena grande ação realizada entre turmas diferentes, teve a certeza de ter

fomentado atitudes leitoras naqueles que estão começando sua vida escolar e nos que já conviviam com a leitura mais tempo. As rodas de leitura vivenciadas possibilitaram reflexões e mudança de comportamento, compondo ferramentas de intervenção entre o leitor e seu livro.

Quíron Educação para o Protagonismo

Daniel Dipp é um dos atores responsáveis por uma organização educacional de ensino

complementar e participativo, que busca o empoderamento pessoal e a formação de

protagonistas para a sociedade, de acordo com as habilidades de cada aluno. Quíron era um centauro que treinava heróis, segundo a mitologia grega. O nome reflete a essência e a missão da organização: treinar jovens heróis através de uma educação participativa.

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Os serviços são vendidos para escolas particulares e para prefeituras e organizações

interessadas em levar esse conteúdo para as escolas públicas. Atualmente são desenvolvidos três projetos principais: Formação de jovens protagonistas; Formação Despertando Potenciais; Formação Professores Transformadores.

O curso, com sede em Curitiba ? PR, oferece uma formação no contraturno escolar que

expande perspectivas e oferece ferramentas para que o jovem alcance seus sonhos, com atenção focada no indivíduo e no desenvolvimento coletivo. Assim, são capacitados jovens para transformarem suas vidas e o espaço em sua volta.

Projeto Integrar Educação Comunitária

Bruno Nichel conta a história como algo muito vivo em sua mente: ‘eram cerca de quinze professores e um monte de aluno precisando de aula’. Ele trabalhava em um cursinho pré-vestibular em Florianópolis ? SC, mas as fontes de financiamento eram duvidosas e a insistência dos professores por transparância fez com que fossem expulsos e obrigados a buscar ajuda de um colégio público para manter o projeto de aulas que haviam estabelecido.

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‘Na cara e na coragem’, em 2011 foi montado outro cursinho, gratuito e voluntário: o

Projeto Integrar. Em quatro edições de vestibulares de duas universidade públicas, foram aprovados mais de 150 alunos. Esses números garantem um percentul de aprovação superior aos pré?vestibulares particulares da cidade.

Apesar dos números, bons resultados percentuais não são a única busca de qualidade do programa, que atende cerca de 140 alunos por semestre. O grupo de professores tem uma visão plural do ensino, mas são direcionados: querem uma educação que se importe com as pessoas, não só em repassar conteúdo e obter uma aprovação.

A ideia é projetar a educação como um todo, oferecer ensino comunitário que vá além da sala de aula, por isso, também são desenvolvidos projetos nas comunidades dos alunos.Todos estão sendo ajudados, alunos e professores são estudantes, aprendendo a melhorar a educação através de ações transformadoras e que mudam os rumos de muitas histórias de vida.

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