Lins foi um dos principais jogadores do Criciúma na Série A de 2013. O atacante ajudou o Tigre a escapar da zona de rebaixamento e foi para o Japão, defender o Gamba Osaka. Mesmo tão longe, o jogador continua acompanhando o time que o projetou.
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A situação do Criciúma preocupa Lins, mas o atacante ainda acredita que o time do Sul do Estado por escapar mais uma vez da Segundona. Morando em Osaka, o jogador ainda está se adaptando a cultura e futebol do país asiático.
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– A adaptação no início foi complicada. Não tive como trazer a família no começo. Hoje eles estão comigo o que torna tudo mais tranquilo – contou.
Em entrevista por e-mail, o atacante contou sobre sua vida no Japão e detalhes do Tigre.
Diário Catarinense – Tem acompanhado o Criciúma? Como vê a situação do clube na Série A?
Lins – Sim, assisto praticamente quase todos os jogos do Criciúma. Estou sempre tendo informação com amigos do próprio time. Também no ano passado passamos momentos delicados na competição. Mas o Criciúma é um time muito forte e o fator casa sempre foi decisivo, principalmente com o apoio da torcida. Espero que o Criciúma possa sair o mais rápido possível dessa situação.
DC – O que aconteceu na última temporada que pode servir de exemplo para os atletas do Tigre agora?
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Lins – Eu não sei te dizer se pode servir de exemplo, mas independentemente dos jogadores se gostarem ou não, quando entram em campo devem esquecer de tudo e se ajudar. Um lutar pelo outro porque estão todos procurando o mesmo objetivo, que é a vitória. No ano passado tivemos bastantes conversas e foram ditas verdades, um olhando no olho do outro. Realmente a situação nossa não era boa e tinha que melhorar. acabamos se doando e se fechando ainda mais em campo. Também tínhamos nosso treinador, o Argel, que era um ponto muito positivo, em termos de vibração e moral para o grupo. Ele sacudia o time mesmo, já entrávamos ligado. Passamos dificuldades, mas o que era combinado acabou acontecendo, que era ficar na Série A. O time se fechou no momento certo e procurou um ajudar ao outro e foi quando saímos dessa situação e ficamos vivos até a última rodada.
DC – Como foi a adaptação ao Japão?
Lins – A adaptação foi meio difícil por chegar em um país que eu não conhecia e também por nunca ter saído do Brasil. Não só a cultura do local é diferente, mas o futebol também. Hoje estou mais tranquilo, adaptado. O começo sempre é difícil, independentemente do que seja, mas hoje estou mais tranquilo.
DC – Tem algo que te chamou atenção nesses meses?
Lins – Uma das coisas mais engraçadas que aconteceu foi em uma festa do clube para a torcida, para arrecadar dinheiro para a construção do estádio do clube. Os jogadores se vestiram de mulher, outros de samurai e de personagens engraçados, de piada. Isso me chamou muita atenção porque no Brasil nunca vi nada parecido.
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DC – É bom ir para o Japão? Falando de futebol e o lado financeiro também.
Lins – O futebol é muito diferente, mais rápido, mais dinâmico. No Brasil você consegue pensar, consegue girar, não diminuem o espaço tão rápido assim. Financeiramente falando, foi uma proposta ótima, porém o Criciúma também fez uma proposta boa, mas acabei optando por sair porque tinha um desejo de atuar fora do Brasil.
DC – Pensa em voltar para o Brasil em breve?
Lins – Sim, acho que o pensamento existe em voltar para o Brasil. De poder novamente estar jogando o Brasileirão e atuar no país de origem. Tem que esperar porque a não se sabe o que pode acontecer, mas o objetivo é um dia voltar e poder conseguir outras conquistas.