Em campo, a disputa promete ser acirrada. Brasil e México vêm de vitória em seus jogos de estreia na Copa do Mundo e querem garantir a liderança do Grupo A, o que encaminharia a classificação para a segunda fase.
Continua depois da publicidade
>>Confira todas as notícias sobre Copa do Mundo
O histórico dos últimos anos apimenta o jogo. Os mexicanos conquistaram o título olímpico de 2012 em cima de alguns dos jogadores que hoje são os astros da Seleção Brasileira. Na Copa das Confederações do ano passado, os brasileiros deram o troco e eliminaram o adversário nas quartas de final, mas o gosto de revanche ainda está ao paladar.
Do futebol para a cozinha, a seleção que vai para a mesa também divide os especialistas. Entre a feijoada verde e amarela e o guacamole, a pimenta dedo-de-moça e o chilli, a farofa e a tortilla, o que é mais apetitoso?
Continua depois da publicidade
Há quem aposte na praticidade da gastronomia mexicana. A tortilla, espécie de pão à base de milho, é a solução para tudo na correria do cotidiano. Uma variedade de molhos, carnes, queijos e temperos, sempre picantes, completam a alquimia dos nachos, quesadilhas e tacos.
– É a mistura perfeita de ingredientes simples, mas bem elaborados. A comida mexicana tem uma identidade marcante, reconhecida em qualquer lugar – avalia Leonardo Goulart, responsável por criar o cardápio do grupo de restaurantes Guacamole, com matriz em Balneário Camboriú.
Assim como no futebol, a culinária canarinha gosta de incrementar e fazer as suas firulas.
Continua depois da publicidade
– Temos mais diversidade e pratos mais elaborados – defende a chef Kitty de Assis, cuja família é proprietária do hotel Maria do Mar, em Florianópolis, famoso pela feijoada.
A briga segue boa no pós-jogo. Se o Brasil se orgulha da cachaça e é mundialmente reconhecido pela caipirinha, o México não deixa por menos com a tequila e a margarita. Melhor fazer o tira-teima com a bola rolando.
A feijoada é nossa e repleta de sabor
Se tem um prato que representa bem a culinária brasileira é a feijoada. De norte a sul, é presença certa nas festas familiares, no almoço caprichado do fim de semana, na reunião com os amigos. Mas não é um prato rotineiro, e é melhor nossos jogadores ficarem longe em dia de jogo.
Continua depois da publicidade

– É uma refeição mais pesada, de difícil digestão, então fica para momentos de confraternização, até porque não vale a pena preparar um prato tão diversificado para pouca gente – diz Kitty.
Se o feijão preto é sempre o protagonista, a diversificação fica por conta dos coadjuvantes. E não faltam candidatos.
No ataque, as carnes. Linguiça, paio, carne seca, bacon, costelinha, pé e orelha de porco. Na defesa, os legumes, couve, cenoura, batata-doce, aipim, chuchu. O arroz e a farofa fazem a barreira. Toucinho, torresmo, pimenta e vinagrete não podem ficar fora da escalação. A laranja é a chave para uma boa recuperação depois do apito final e garantir o pós-jogo.
Continua depois da publicidade
O que não pode faltar: toucinho, torresmo, pimenta e vinagrete dão aquele toque especial. E talvez um chá para ajudar na digestão pode cair bem.
Dica do Chef: para temperar, aposte na salsinha, cebolinha, cebola e cenoura.
Ideal para: reunir família e amigos em volta da mesa e da televisão. É um prato para ser compartilhado.
Saboreie com: caipirinha antes e cerveja durante. A desculpa é aliviar os efeitos da pimenta.
Para mexer com a temperatura
Na mesa, o México já sabe a receita de sucesso e o ingrediente principal não é nada secreto: a pimenta. Dos mais variados tipos – chilli, jalapeño, habanero, serrano.
Continua depois da publicidade

Neste prato elaborado pelo chef Douglas Ararde, da unidade de Florianópolis do Guacamole, apenas a tortilla e o crema agria, à base de leite, escapam do toque apimentado.
– Além de realçar o sabor, a pimenta é termogênica, interfere na temperatura do corpo. Por isso, é mais popular nas áreas quentes e áridas do país, já que, após a primeira sensação de calor, refresca – afirma Leo Goulart.
Na foto abaixo, a opção prática e tradicional do taco, uma tortillha dobrada ao meio e recheada com carne vermelha (ou frango), alface e queijo. Eles também têm feijão, que misturam à carne moída e molho de pimenta para prepararem o chile, outro acompanhamento da refeição.
Continua depois da publicidade
O que não pode faltar: os três molhos-base da culinária mexicana, pico de gallo (vinagrete apimentado), crema agria e guacamole (creme salgado de abacate).
Dica do Chef: preparar todos os ingredientes com antecedência e montar o taco somente na hora em que for comer.
Ideal para: petiscar durante o jogo, mas sem virar a casaca e torcer para México.
Saboreie com: tequila blanca ou tequila oro, mas cuidado com as doses, muchacho.