A poucos dias de mais um feriado prolongado, os gaúchos que tem como destino o estado vizinho recebem uma boa notícia: a liberação, pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), de um trecho de 1,5 quilômetro da BR-101, no sentido Norte-Sul, em Sombrio.

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Até quarta-feira, mais 1,5 quilômetro poderá ser usado no mesmo local, só que no sentido contrário. A liberação ocorre no lote 29 da duplicação da rodovia, que já tem 12 quilômetros em tráfego, totalizando 13 quilômetros em uso.

O Dnit tenta liberar aos poucos os trechos na região a fim de amenizar os congestionamentos frequentes, principalmente nos feriados. Os veículos podem transitar entre os quilômetros 434 e 435,5, dos bairros Januária a Guarita. Mas é preciso cuidado, pois a sinalização ainda não foi instalada. O lote 29 começa no quilômetro 411, sobre o Rio Araranguá, em Araranguá.

No local, foi construído um elevado de 2.030 metros e começaram os primeiros trabalhos da nova ponte, como a construção do ancoramento para a balsa que será utilizada para transporte de material. O lote se estende até o quilômetro 437, em Sombrio. O projeto prevê ainda dois viadutos, oito passagens inferiores e dez passarelas.

Dos 26 quilômetros total do lote, ainda faltam obras importantes, como o contorno de Araranguá (5,5 quilômetros) e mais 4,5 quilômetros que ligará o restante da rodovia com o trecho duplicado no Rio Grande do Sul.

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O lote da vergonha

Lote mais complicado das obras de duplicação da 101, o lote 29 apresentou vários problemas e chegou a ser chamado de “o lote da vergonha”. Em 2005, o Dnit anunciou a empresa vencedora da licitação. A proposta da DM Construtora de Obras Ltda contava com um desconto de 40% em cima do valor. Ela assumiu a obra, orçada em R$ 107 milhões, mas abandonou o trabalho um ano e meio depois, realizando cerca de 3% do previsto no contrato alegando dificuldades financeiras.

Em 2008, a Construtora Triunfo SA, segunda colocada, assumiu o lote e saiu do projeto seis meses depois pelo mesmo motivo. A terceira colocada na lista, a Construcap, foi chamada mas não quis assumir a obra. O Dnit atualizou os valores e foi aberta nova licitação. Hoje, a obra está com a Construcap, Ferreira Guedes e MAC Engenharia.