O show de Djavan durou exatamente duas horas e quatro minutos no sábado (9) em Florianópolis. Provavelmente foram os 124 minutos em que ele ouviu mais vezes a frase: “Djavan, eu te amo!!”. Bem que ele disse, logo que subiu ao palco do Centro de Eventos Luiz Henrique da Silveira, que seria um espetáculo sobre o amor eterno. Autor de alguns dos maiores clássicos da MPB, história viva – aliás, muito viva, sensual e jovial para alguém de 67 anos – o músico fez chorar de felicidade fãs de diversas gerações.

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Ele apresentou canções do disco Vida Para Contar, lançado no final do ano passado, além de intercalar sucessos imortais como Eu Te Devoro, Sina, Oceano, Lilás.

Junto de sua impecável banda, Djavan fez um show irretocável em vários sentidos: pela precisão e qualidade dos músicos que o acompanham há muitos anos; pelo carisma e potencial de voz – que sai de forma tão natural; pela elegância e humildade, coisa que só músicos com tantas e tantas décadas de história são capazes de construir; e, claro, por interpretar velhas e adoradas canções com a mesma paixão de quem acaba de mostrar alguma coisa nova.

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Com 40 anos de carreira, o alagoano merece aplauso também pela capacidade de criar. Vidas para contar é o 23º álbum e, apesar de não fugir tanto do estilo MPB, mantém a qualidade das composições. Diferente dos outros, no entanto, tem tom autobiográfico, com músicas que falam sobre a vida do homem contemporâneo nos âmbitos sociais, políticos e de relacionamento.

No show ele emocionou o público ao relembrar o Nordeste, com seu folclore e religiosidade. Em Dona do Horizonte, o cantor faz uma linda homenagem à mãe – quem o incentivou a ser cantor desde que ele tinha sete ou oito anos de idade.

RAZÕES PARA AMAR DJAVAN

||O Amor! Ah, o Amor!

— Ele expressa um amor que não existe mais. Ninguém mais fala de romantismo assim. É para sair chorando de felicidade.

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Elisa Guimarães

|| O suingue e a energia

— O suingue dele. Foram duas horas de show com muita energia. É contagiante.

Andrea Vieira e Sandro Machado.

|| Som que atravessa gerações

— É um show bom, com repertório gostoso. As antigas são inesquecíveis e ultrapassam gerações.

Silvana Machado Pinheiro e Aldo Pinheiro Filho.

|| O amor em versos

— Ele traduz o amor que existe em nós. Coloca na letra meus próprios sentimentos. O Djavan exterioriza o que todas as pessoas sentem. Fala com a alma dele.

Maria Conceição da Silveira

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