Praticamente três horas de Erick Morillo, o DJ e produtor mais esperado do Winter Play, marcaram a última noite do festival, ontem. Antes, das 16h às 21h, o público pôde curtir uma festa um pouco mais tranquila à beira-mar, no parador de praia P12.

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Exclusivo para os que adquiriram pacotes, um after a partir das 6h deste domingo encerraria o evento.

Novamente de touca e no mesmo lugar do camarote que na sexta-feira, sem mesa nem bebidas em volta, o deputado Romário manteve seu hábito de conversar com mulheres mais altas que ele, ficou na sua em diversos momentos e declarou à reportagem:

– É a primeira vez que eu venho [ao Winter Play]. Era o que me falavam. Vibe boa, pessoas bonitas, geral se divertindo.

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Romário também esteve no P12. E no Stage sim, Erick Morillo fazia com que o público sacolejasse. Seu set foi o que talvez se possa caracterizar como empolgante/elegante: uma boa cota de letras conhecidas (aí inclusa, claro, sua música Stronger); batidas agradáveis mas nunca sonolentas, às vezes mais nervosas mas nunca torturantes; uma capacidade notável de raramente perder a atenção e a reverência da pista.

Os baladeiros de 30 anos puderam ter sua nostalgia e rever a vida pela medida das madrugadas com música eletrônica. É que Morillo sapecou pelo menos quatro hits dos anos 1990 – Keep Pushin (Inaya Day), Free (Ultra Naté), Show me Love (Robin S) e uma batida de fundo que tocou sentimentalmente a reportagem, mas não teve o nome lembrado.

Parecia haver mais interação que na madrugada de sexta. No Stage Music Park cheio, conversas fluíam, sofás lotavam de beldades descalças e em pé. Um sujeito brigou um bom tempo com a rolha do seu champanhe. Receosas, as pessoas do seu camarote se afastaram. A rolha espocou, ninguém se feriu. Pouco equalizado, no entanto, o sujeito dançou em cima do sofá sem largar a sua taça. Um tanto de champanhe foi para o chão.

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Porém da noite? Uma parte intransitável do camarote. Cinco minutos de cotovelos e má vontade generalizada até o espaço com oxigênio mais próximo.

– Simplesmente não dá, protestou a jornalista Rita de Lapieve, que sentou para descansar.

Pouco antes das 5h, Erick Morillo, que assumira as pick-ups às 2h42min, tocou versão eletrônica de Someone like you, da Adele. Oportunidade para muitas mulheres cantarem melosamente de olhos fechados. O próprio Morillo gosta de fechar os olhos e cantar junto praticamente tudo o que bota nas caixas. É um DJ absorto.

– Brasilaaa – gritou três vezes, nas poucas oportunidade que usou o microfone.

Nascido na Colômbia, ele é radicado nos Estados Unidos. Ao final da sua apresentação, talvez orientado, incluiu dois “Brasil!” na sua despedida.

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Já eram 5h07min quando o DJ John Martin, o último da madrugada, começou a tocar.