Foram divulgadas na tarde desta segunda-feira, pelo Ministério da Agricultura, as sete unidades que foram habilitadas a exportar subprodutos de suínos para a China: Aurora de Chapecó e Joaçaba, Seara de Itapiranga e São Miguel do Oeste, Pamplona de Rio do Sul e Presidente Getúlio e BRF de Campos Novos.
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De acordo com o Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne) esse mercado pode representar um aumento de sete mil toneladas e US$ 15 milhões por mês.
De janeiro a setembro a China comprou US$ 263 milhões e 122 mil toneladas somente de Santa Catarina, o que representou um acréscimo de 60% e 40% respectivamente, em relação ao ano passado. A China e Hong Kong foram responsáveis por 56% do que Santa Catarina exportou.
O presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivânio de Lorenzi, disse que essa conquista é resultado da missão do governo brasileiro pela Ásia, além da sanidade diferenciada de Santa Catarina.
– É com muita alegria que recebemos essa notícia. A China teve uma redução de 40% nos rebanhos por causa a peste suína e isso gera uma oportunidade para nós. Estamos tendo bons lucros e com isso poderemos fazer mais investimentos. Mas também precisamos olhar cada vez mais para a nossa sanidade – disse Losivânio.
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O preço médio da tonelada de carne suína no mercado internacional subiu cerca de 30%, de US$ 1,8 mil para US$ 2,3 mil.
O preço do quilo vivo para os integrados das agroindústrias subiu de R$ 2,90 em janeiro para R$ 4,00 neste mês. Para o suinocultor independente já está em R$ 5,00 ao quilo.
Recentemente o presidente da Aurora Alimentos, Mário Lanznaster, disse que a demanda da China compraria toda a produção de miúdos que existe. Os produtos liberados para exportação são geralmente os que são utilizados na feijoada, como pés, rabo, orelha, língua e focinho.
Para o analista setorial de carnes do Centro de Socieconomia e Planejamento Agrícola da Epagri, Alexandr Giehl, é interessante ter uma demanda também para esses produtos que não são nobres. Ele disse que o número de focos estabilizou na China mas que a demanda continua grande. Nos próximos dias devem ser divulgados os números de outubro e a expectativa é de crescimento nas vendas externas.
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