A última semana de atividades na Assembleia Legislativa antes do recesso deve ser decisiva para a eleição da presidência da Casa, que será realizada em fevereiro.

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Os dois candidatos – Joares Ponticelli (PP) e Romildo Titon (PMDB) – ainda mantêm suas posições, mas os sinais de um possível acordo para a divisão do mandato começam a aparecer. PMDB fechou questão para tomar uma decisão em conjunto, mas há rumores de que a bancada está rachada.

Titon trabalha para ser eleito para um mandato completo, de dois anos, e recebeu o aval dos colegas para conduzir as negociações com os outros partidos. Ele diz que só aceita dividir o mandato se a bancada mudar de posição.

O discurso do bloco PSDB-PP de consenso na eleição vem ganhando adeptos e ajuda a pressionar o PMDB. Outro argumento é de que, como Ponticelli não pretende mais disputar eleição para deputado estadual, a partir de 2015, o caminho estaria livre para Titon buscar uma reeleição na presidência e emendar três anos, como aconteceu com o atual presidente, Gelson Merisio (PSD).

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– Se alguém ganhar a disputa, alguém vai perder. E se alguém perder, é ruim pra todos – avalia o deputado Dado Cherem (PSDB).

Os partidos da oposição (PT, PC do B e PDT) decidiram também se unir e adotar uma posição conjunta. O bloco tem uma pauta para discutir com os candidatos, entre os pontos estão a implantação de um sistema de rodízio na presidência da AL e a indicação para o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado.

Desde a primeira eleição de Julio Garcia (DEM, à época), em 2005, os deputados catarinenses têm conseguido negociar para ter apenas uma chapa e eleger o presidente por unanimidade.

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