O ditador da Belarus, Aleksander Lukachenko, afirmou nesta terça-feira (1º) que o país não vai participar do ataque russo à Ucrânia, segundo a agência de notícias russa Interfax.

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— Não vamos participar da operação especial na Ucrânia. Não há necessidade disso — afirmou em reunião do Conselho de Segurança da Belarus em Minsk.

— O exército belarusso não participou de ataques e não está fazendo isso agora. Podemos provar isso para qualquer um — disse.

Lukachenko é um aliado próximo de Putin, de quem recebeu apoio durante os protestos em massa que tomaram as ruas do país a partir de 2020 contra um sexto mandato do ditador. Antes da invasão da Ucrânia, na última semana, russos e belarussos fizeram exercícios militares próximos à fronteira, o que ajudou a escalar a crise.

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O ditador também culpou as potências ocidentais pela guerra.

— O total descaso do Ocidente com o sistema de segurança, o desmantelamento do sistema de freios e contrapesos que foi construído com tanta dificuldade após o colapso da União Soviética, a degradação e a depreciação dos tratados e de acordos internacionais levaram a uma guerra militar e a uma escalada política em nossa região — declarou.

Outro fator, para ele, é “a destruição da cultura, da língua e da memória histórica russas, inclusive nas áreas povoadas por russos étnicos”, disse o ditador, citando “a rápida ucranização” do país.

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