A procura de remédios contra a asma subiu 60% no primeiro mês em que o medicamento passou a integrar a lista de distribuição gratuita do Ministério da Saúde. Nos 35 dias de vigência da medida, mais de 83 mil pessoas obtiveram um dos três medicamentos oferecidos nas farmácias populares. Desse total, 47,4 mil pessoas retiraram os remédios em cerca de 1,1 mil municípios em situação de miséria.
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Segundo o Ministério, a asma é um dos principais motivos de internação infantil no Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2011, foram 71,1 mil crianças até 6 anos. Com a distribuição gratuita do remédio o governo espera uma redução no número da doença no país.
Segundo o diretor substituto do Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério, Luiz Henrique Costa, a procura dos medicamentos ocorreu por causa da retenção da demanda. -Esses são remédios que têm uma procura muito alta, esse índice revela que muitas pessoas não estavam adquirindo a medicação.
Mesmo com a elevação da procura, o diretor substituto garante que não há perigo de faltar o medicamento: -Quando se fez o estudo para a distribuição do medicamento, verificou-se que não há problemas para o abastecimento. A Fiocruz produz o remédio para as redes próprias, e a indústria farmacêutica para a privada. Toda a produção é nacional.
A distribuição do medicamento faz parte do Programa Brasil sem Miséria, por meio da ação Saúde Não Tem Preço, da Farmácia Popular. O Ministério estima que o programa Farmácia Popular chegue a mais de 2,3 mil municípios até o fim do ano. Ao todo, cerca de 30 mil farmácias dentre as mantidas pelo governo e estabelecimentos particulares oferecem a medicação gratuitamente.
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Desde o ano passado, 11 medicamentos para hipertensão e diabetes fazem parte da lista de distribuição gratuita do governo, além dos remédios para asma. Para fazer a retirada do medicamento basta apresentar em uma das farmácias credenciadas documento com foto, CPF e a receita médica dentro do prazo de validade.