A Polícia Civil investiga se uma disputa por pontos de venda de drogas é o motivo da chacina que matou oito integrantes da Pavilhão 9, torcida do Corinthians, dentro da sede da agremiação, na zona oeste da capital paulista, na noite do último sábado. A principal suspeita é que uma das vítimas estaria envolvida com tráfico de drogas e seria o alvo do ataque.
Continua depois da publicidade
Polícia identifica oitava vítima de chacina em sede de torcida do Corinthians
Morto em chacina em sede de torcida do Corinthians havia sido preso na Bolívia
– Temos uma linha forte que leva ao envolvimento de uma das vítimas com o tráfico de drogas – afirmou o delegado Luiz Fernando Lopes Teixeira, titular da 3ª delegacia do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa.
– Nesses casos, normalmente nem todos os mortos são os verdadeiros alvos. Infelizmente, quem está junto acaba morrendo também.
Continua depois da publicidade
Entre as vítimas, pelo menos duas tinham passagem por tráfico.
Por enquanto a Polícia não confirma que a ordem de execução tenha partido de alguma facção criminosa. Através das investigações com escutas telefônicas e relato de testemunhas, os policiais também chegaram ao apelido de dois suspeitos que poderiam estar envolvidos no crime. Testemunhas falaram em três criminosos, mas Teixeira não descarta a participação de outras pessoas no ataque.
Outra linha de investigação é que uma das vítimas estaria envolvida em um duplo homicídio na cidade de Osasco.
– Nós temos essa informação, mas está sendo checada. A linha mais forte é do tráfico, mas nada está descartado.
O delegado também afirmou que não há indícios de envolvimento dos policiais no crime nem de briga entre as uniformizadas. No clássico do domingo, entre Corinthians e Palmeiras, policiais se infiltraram nas torcidas para tentar levantar informações sobre o caso.
Continua depois da publicidade
As investigações estão sendo feitas com auxílio do Deic e do Denarc.