A populista de direita Keiko Fujimori segue sendo a favorita para vencer o segundo turno presidencial que ocorrerá domingo, no Peru. Mas, seu rival Pedro Pablo Kuczynski ganha adesão dos indecisos, o que poderia gerar uma decisão apertada, segundo sondagens divulgadas nesta sexta-feira.
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De acordo com as estimativas, Keiko – filha do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000), condenado por crimes de corrupção e crimes contra a humanidade – não cresce na preferência, enquanto seu rival começa a captá-los de setores que ainda não têm uma preferência clara.
Segundo uma simulação da votação realizada em 1 e 2 de junho pela empresa GfK, Fujimori obteria 50,3% dos votos válidos diante dos 49,7% de seu rival Kuczynski, “o que claramente é um empate técnico”, disse o diretor da empresa, Hernán Chaparro, em coletiva com a imprensa estrangeira.
A sondagem foi realizada com 1.416 pessoas, com uma margem de erro de 2,3 pontos percentuais.
Já a empresa Datum dá à Fujimori 52,1% dos votos diante de 47,9% para “PPK”, como Kuczynski é conhecido. A sondagem foi realizada em 31 de maio e em 1 de junho com 2.008 pessoas, e com uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais.
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Para o diretor da Datum, Urpi Torrado, esta sondagem não mediu completamente o impacto de um protesto ocorrido em 31 de maio contra a candidatura de Fujimori, nem o apoio que outros grupos deram à PPK.
“Keiko Fujimori não perde votos, se mantém. PPK cresce com os indecisos”, acrescentou.
A consultora CPI atribui à Keiko 51,6% de adesão, diante dos 48,8% de PPK, em uma pesquisa realizada nos dias 30 e 31 de maio com 1.820 pessoas e uma margem de erro de 2,3 pontos percentuais.
Para o diretor da empresa, Manuel Saavedra, Fujimori perdeu 4 pontos desde o último domingo, quando ambos os candidatos participaram de um debate e PPK foi melhor avaliado. “Estes pontos foram para Kuczynski”, assegurou.
Na segunda-feira (30), a esquerdista Verónika Mendoza, que ficou em terceiro lugar no primeiro turno com quase 19% dos votos, deu seu apoio à PPK para, segundo disse, impedir o retorno do fujimorismo ao poder, que um setor da população vincula à corrupção e lavagem de dinheiro.
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Para Saavedra, cerca de 5% dos eleitores ainda estão indecisos, algo que pode ser crucial no dia da votação, em 5 de junho.
Vinte e três milhões de peruanos estão aptos para eleger no domingo quem governará o país no período de 2016-2021. Os primeiros resultados oficiais serão conhecidos na noite da eleição.
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