Em entrevista ao clicRBS nesta terça-feira, o vice-presidente da Metropolitano Participações, Sérgio Olinger, negou a agressão verbal relatada na súmula pelo árbitro Célio Amorim durante o jogo entre Metropolitano e Atlético de Ibirama. No texto, reproduzido no site da Federação Catarinense de Futebol (FCF), na segunda-feira, o árbitro escreveu que dirigentes do time blumenauense agrediram verbalmente a assistente Maíra Americano Labes.

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Segundo o árbitro, além de Olinger, o supervisor de futebol do clube, Everton Vinícius Gomes, teriam proferido palavras de baixo calão à assistente, que anulou o segundo gol do Metrô na partida (veja, ao lado, a íntegra da súmula).

– Eu esperei o jogo terminar para descer, vi nossos atletas partirem para cima dela e me aproximei, mas todos estavam supercomportados. E eu falei duramente para ela: ‘Você prejudicou pessoas sérias, eu sou um dirigente sério, e você prejudicou um time de gente séria’. A única coisa que eu gritei bem alto é que eu estava muito revoltado, por ir até lá e ser garfado da maneira como fui. Mas, em momento algum a xinguei, mesmo porque não é do meu feitio. Agora, entende-se porque os torcedores estavam bastante revoltados e da torcida vieram xingamentos – declarou Olinger.

O Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) já tem em mãos a súmula do jogo e vai analisar os fatos contidos no documento. Caso o procurador entenda que houve problema durante o jogo, poderá apresentar denúncia contra o clube ao TJD. O procurador, que é designado pelo próprio Tribunal para acompanhar o jogo, pode utilizar outros recursos para entender os fatos, como vídeos, transmissões pelo rádio e até ir ao estádio.

Marcação polêmica

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Depois de analisar os vídeos do lance, o posicionamento da Comissão de Arbitragem da FCF considerou acertada a marcação de impedimento pela bandeirinha. A polêmica iniciou aos 41 minutos do segundo tempo, quando o Metrô vencia por 1 a 0. Depois da cobrança da falta por Barbieri pela esquerda, o lateral Fábio Fidélis subiu com a bola na frente do goleiro, mas não chegou a tocá-la.

– Ela (Maíra) marcou a falta em um jogador que estava atrapalhando a visão do goleiro, estava interferindo. O erro foi ter dado o gol como impedido depois de terem caminhado ao meio-de-campo – disse Luís Guilherme, secretário da Comissão de Arbitragem.

O assessor não soube informar se haverá algum tipo de punição para a arbitragem da partida pelo episódio. E, se ocorrer, deverá ser decidido apenas após o término do turno do Campeonato Catarinense.

Por outro lado, para Sérgio Olinger, o motivo alegado para justificar a anulação do gol da vitória do Metropolitano foi equivocado.

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– Eu entendo que nós fizemos o gol em uma jogada comum. O técnico sempre treina aquele tipo de jogada, quando o atacante passa na frente do goleiro, ele nem toca na bola e a bola entra – argumentou o dirigente.