Por força de liminar concedida pela Vara da Fazenda Pública de São José, na Grande Florianópolis, a diretoria do Sindicato da Polícia Civil de Santa Catarina (Sinpol-SC), que havia sido eleita em 2013 e se reelegeu em 2016, foi destituída. O Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) investiga suspeitas de desvio de verbas e outros crimes pela antiga diretoria. A decisão foi assinada pelo juiz Otávio José Minatto na última terça-feira.
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Desde então, um interventor, que foi eleito por meio de assembleia geral extraordinária que ocorreu em 8 de dezembro entre os policiais associados, assumiu interinamente até que uma nova eleição seja realizada. No mesmo dia em que a liminar foi deferida, mandados de busca e apreensão foram cumpridos na sede do sindicato, em São José, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco).
Quem assumiu interinamente a diretoria do sindicato é o agente de polícia Tiago Luis Lemos. Por decisão da assembleia geral, Lemos afirma que não será candidato à diretoria do sindicato na próxima eleição.
— A minha função é assumir a administração neste período de transição, garantir o pagamento dos salários dos funcionários e as obrigações contratuais — disse.
Segundo o interventor, a previsão é de que a nova eleição ocorra em até 90 dias.
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A reportagem tentou contato com o ex-presidente do Sinpol, Anderson Amorim, nestas quarta, quinta e sexta-feira, porém, o telefone estava desligado. O DC também procurou pela advogada do Sindicato, Grace Martins, para confirmar se ela é responsável pela defesa das pessoas destituídas e se pretende recorrer da decisão liminar. Grace não atendeu às ligações realizadas até as 18h desta sexta-feira.