A diretoria do JEC apresentou nesta segunda-feira (6) o balanço financeiro do período de 2018, que foi aprovado na última semana pelo Conselho Deliberativo. O documento mostra que o clube terminou com uma dívida de R$ 44 milhões (a serem pagos em curto prazo e ao longo dos próximos anos), mas conseguiu reduzir o déficit consideravelmente ao longo do ano passado.
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Em 2017, o acumulado de todas as despesas – operacionais, desportivas e com a equipe de futsal – foi superior às receitas, somando um déficit de R$ 14,5 milhões. No entanto, esse valor reduziu para R$ 763 mil no ano passado. Segundo o presidente do clube, Wilfred Schapitz, o resultado é positivo, mas pode melhorar.
— Somando todo o corte de despesas que fizemos, reduzimos bastante o déficit, mas ainda não conseguimos fazer o Joinville gerar lucro — salientou.
Das três categorias de gastos, as despesas desportivas foram as maiores, acumulando pouco mais de R$ 8 milhões. O valor foi quase R$ 6 milhões a menos do que no ano anterior. A redução também aconteceu nas despesas operacionais, que caíram mais da metade, passando de R$ 11,6 milhões para R$ 5,3 milhões. Os gastos com o futsal aumentaram cerca de R$ 800 mil de um ano para o outro, mas as receitas com a equipe também cresceram no mesmo patamar.
O diretor administrado e financeiro do clube, Alexandre Poleza, explicou durante a coletiva de imprensa que o Joinville tinha a obrigação de reduzir os custos em razão da nova realidade do clube. Ele afirmou que o déficit é considerado baixo em relação aos outros anos.
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— Isso mostra que a diretoria executiva está agindo. Nós atingimos a redução de despesas e agora vamos fazer investimentos e procurar parceiros para o clube — explicou.
A empresa que fez a auditoria das contas do JEC destacaram quatro ressalvas. Entre elas, está a transferência de R$ 5,2 milhões questionados pelo ex-presidente Jony Stassum da categoria de "dívida de empréstimos" para a "contingência", que são valores a serem pagos à longo prazo. Como o valor está sendo discutido judicialmente, o valor da dívida pode ser maior ou menos, de acordo com a decisão da Justiça.
Durante a reunião, a diretoria também garantiu que dentro de 15 dias o clube vai disponibilizar em seu site um portal da transparência, com os balanços financeiros e borderôs detalhados das partidas realizadas na Arena Joinville.
Anúncio de novos diretores e patrocinador
O JEC anunciou mudança na organização da diretoria do clube. O diretor administrativo e financeiro, Alexandre Poleza, assume como diretor de futebol. Enquanto isso, o presidente do Conselho Fiscal, Vanderlei Osvaldo Neumann, passa a ocupar a vaga deixada por Poleza.
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O empresário do ramo imobiliária Augusto Valentin Oliveira, responsável pela equipe de futebol sete do JEC/Bola na Rede, será outra novidade na diretoria. Ele assume o cargo de diretor do departamento comercial do Joinville.
A diretoria também anunciou o patrocínio da Unimed, que volta a estampar a marca no uniforme tricolor depois de três anos. O acordo com o clube prevê o repasse de patrocínio, com valor não divulgado, e a disponibilização de atendimento de ambulância nos jogos do JEC na Arena. A logomarca da empresa ficará na barra das costas da camisa oficial, no campo e outros espaços de publicidade nas dependências do clube. O contrato assinado entre JEC e Unimed tem duração de 12 meses.
Números:
Balanço de 2017
Receitas: R$ 17.875.180
Despesas: – R$ 29.108.364
Resultado financeiro: – R$ 3.315.184
Saldo: – R$ 14.549.166
Balanço de 2018
Receitas: R$ 16.861.790
Despesas: – R$ 17.708.441
Resultado financeiro: R$ 83.072
Saldo: – 763.579
Detalhes das despesas de 2018:
Gastos desportivos: R$ 8.067.440
Despesas operacionais: R$ 5.390.387
Gastos com futsal: R$ 4.250.614