O diretor da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), delegado Akira Sato, divulgou ontem, em coletiva de imprensa além de novas informações do caso Deise, balanço da unidade em 2012. Sato considerou que este ano foi excelente, não só pelos resultados, mas pelo fato de que as investigações foram realizadas pelo efetivo total da Deic de 65 policiais, sendo que o ideal seria entre 150 a 200 policiais.

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O delegado Akira Sato ressaltou que os 85 autos de prisões em flagrante foram todos qualificados, o que resultou na apreensão de quase 1,5 tonelada de drogas entre maconha, pasta base e cocaína, além de apreensões de armas de grosso calibre, como sete fuzis.

Sato falou que este final de ano está muito diferente do final de 2011 “terrorista” com explosões de caixas eletrônicos, crime que praticamente desapareceu de SC, este ano, migrando para o RS. O Estado vizinho vem se reunindo com SC e Paraná para troca de informações. Cinco quadrilhas especializadas em explodir caixas foram presas em SC, este ano.

Outro bom resultado considerado pelo diretor da Deic foram os pedidos – a maioria atendidos – do sequestro de mais de R$ 20 milhões de patrimônio adquirido por meio de lavagem de dinheiro.

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– Em 2013 vamos procurar reprimir mais ainda a lavagem de dinheiro, principalmente com a nova tecnologia que adquirimos, a pirataria e os crimes eletrônicos – disse Sato. O delegado falou também sobre a coordenação – a cargo da Deic – das investigações dos 68 ataques de novembro em SC. De acordo com Sato, pessoas envolvidas foram identificadas e estão sendo presas por novos crimes. Ele citou operações recentes em Tijucas, Imbituba e Gaspar, onde isto aconteceu. Nessas operações, mais de 14 pessoas que participaram dos ataques foram presas. As investigações correm em diversas delegacias.

O balanço de 2012

– mais de 300 representações judiciais, sendo mais de 170 mandados de busca e apreensão e mais de 160 mandados de prisão e de pessoas presas como o advogado Baragatti (suspeito de golpes de R$ 100 milhões) e de 03 assaltantes do Banco do Brasil da Lagoa

– 85 autos de prisão em flagrante qualificados

– mais de 30 grandes operações como a Pequeno Príncipe (tráfico internacional), caso Baragatti (advogado que deu golpe de R$ 100 milhões)

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– mais de 1,2 tonelada de maconha apreendida

– mais de 160 quilos de pasta base e cocaína apreendida

– pedidos de sequestro de R$ 20 milhões com origem de lavagem de dinheiro

– mais de 150 inquéritos policiais concluídos, alguns com 20 volumes

– mais de 40 armas apreendidas de grosso calibre e pistolas, sendo 7 fuzis, 15 calibres 12, e revólveres

– mais de 450 veículos (sendo 200 carretas) entre apreendidos, recuperados e identificados como adulterados

– mais de R$ 2 milhões de patrimônio recuperado, como cargas de bobina de aço, produtos furtados da Casas Bahia, 90 motores de barco, 10 barcos,

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– 330 unidades ou 70 quilos de baterias estacionárias de telefonia celular (maior apreensão nacional do tipo)

– mais de R$ 300 mil reais, 10 mil dólares e 274 mil guaranis em dinheiro recuperados

– mais de 100 mil CDs e DVDs piratas, 15 mil óculos e relógios, e 10 mil peças de roupas falsificados apreendidos

– mais de 100 quilos de explosivos apreendidos

– prisão qualificada de cinco quadrilhas de caixeiros, sendo 20 presos e 6 mortos em confronto