A atual diretoria da Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE) foi reeleita para o biênio 2022-2024. Em entrevista ao Diário Catarinense, Iomani Engelmann, que segue na presidência da entidade, disse que a gestão vai focar na formação de profissionais e na ampliação do ecossistema de inovação por mais cidades do Estado.
Continua depois da publicidade
Receba notícias do DC via Telegram
Com o objetivo de internacionalizar empresas catarinenses, atrair novos negócios e buscar parcerias e investimentos, a partir desta gestão, a entidade também passará a contar com uma vice-presidência de Internacionalização, que estará sob o comando de Henrique Marcos Fava Bilbao (Ezok). O objetivo é
Confira a entrevista do DC com Iomani Engelmann:
Qual será o foco da gestão 2022-2024?
Sabemos do potencial que Santa Catarina tem na área de tecnologia, por isso nosso foco é dar continuidade a todo o trabalho conjunto que temos feito em prol do ecossistema de inovação catarinense. Para isso, conforme definido em nosso planejamento estratégico para os próximos anos, iremos focar em três pontos principais. Um deles é fomentar a formação de talentos.
Continua depois da publicidade
A associação já tem apoiado diversas iniciativas neste sentido e a meta é impulsionar ainda mais esses e outros programas. A Jornada de Formação de Talentos é um exemplo. O movimento, de longo prazo, deve englobar todas as fases de aprendizado, desde despertar crianças para a tecnologia até qualificar profissionais com experiência e formar executivos para atuar em empresas da área.
Outro ponto prioritário é a descentralização do ecossistema de inovação em Santa Catarina, já que trabalhamos para sermos um estado de inovação. Atualmente a ACATE está presente em todas as regiões catarinenses, por meio de 10 polos. A meta é ampliar essa rede para desenvolver ainda mais as características e vocações econômicas de cada mesorregião. Também vamos reforçar a jornada segmentada de excelência com foco no reforço do portfólio de serviços.
> Acate reelege diretoria e cria vice-presidência de internacionalização
Quais os principais desafios do mercado de tecnologia em SC para os próximos anos?
Atualmente, o setor tecnológico de Santa Catarina possui o terceiro melhor desempenho do país, com 10,3 mil vagas abertas em 2021. O mercado está em plena expansão e a demanda por esses talentos deve continuar em crescimento exponencial pelos próximos anos.
No entanto, uma das principais dificuldades encontradas pelas empresas na hora de contratar é a falta de profissionais qualificados, principalmente da área de desenvolvimento de software.
Continua depois da publicidade
> Embaixadora diz que Reino Unido vai ampliar parceria com SC: “É um Estado chave para nós”
Há novas ações da ACATE para qualificação de profissionais da tecnologia?
Entendemos que a falta desses profissionais é um desafio a ser enfrentado de forma coletiva. Por isso, a ACATE vem articulando com empresas e outros atores, criando uma série de cursos para formar novos talentos e para quem deseja migrar para a carreira da tecnologia da informação.
Um exemplo é o projeto DEVinHouse, realizado pela ACATE em parceria com o SENAI. O programa já formou 225 novos desenvolvedores desde novembro de 2020. Outra iniciativa é o Entra21, da Blusoft, desenvolvido pelo polo regional da ACATE em Blumenau. Ela se tornou estadual em 2022, por meio de apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).
Tem ainda o Floripa Mais Empregos, edital para formação em parceria com universidades, Programa Jovem Programador, Prototipando a Quebrada e a meta é impulsionar ainda mais esses e outros programas.
Continua depois da publicidade
> Sebrae/SC lança projeto para fortalecer inovação local em todo o Estado
Como a criação da vice-presidência de Internacionalização da ACATE pode destacar ainda mais SC no Brasil e no exterior?
Já somos um ecossistema reconhecido no Brasil e no exterior, com diversas empresas de destaque e atuação em outros países, como Colômbia, Argentina, na América Latina, EUA e alguns países da Europa, como Alemanha e Portugal.
Enquanto entidade, nosso papel é dar suporte a esses negócios e buscar parcerias e investimentos para alavancar o setor tecnológico catarinense. A vice-presidência de Internacionalização foi criada com esse objetivo de apoiar empresas que desejam buscar novos mercados, ampliar sua área de atuação e desenvolver soluções para qualquer lugar do mundo.
Leia também
Prazo do Imposto de Renda 2022 está na reta final; tire dúvidas sobre o assunto
Startups de SC revelam os segredos para se tornarem milionárias em menos de 10 anos
Como será o 5G em SC e quais cidades estão prontas para a tecnologia