O advogado de Erton Medeiros Fonseca, diretor-presidente da empresa Galvão Engenharia, confirmou que o seu cliente pagou propina para manter contratos com a Petrobras. Os valores envolvidos não foram informados.
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Um dos 23 presos da sétima etapa da Operação Lava-Jato, Erton afirmou nesta segunda-feira, em depoimento na sede da Polícia Federal, em Curitiba, que foi pressionado por José Janene para fazer os pagamentos. Ex-deputado federal falecido em 2010, Janene era do Partido Progressista (PP) e foi definido pelo executivo da Galvão Engenharia como “truculento”.
– Ele foi pressionado primeiro pelo Janene, depois, com a morte dele, quem assumiu o papel foi o Alberto Youssef. Se fizesse o pagamento de propina, as coisas corriam às mil maravilhas, se não fizesse, o contrato ficava travado – afirmou Pedro Henrique Xavier, advogado de Erton.
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Por meio de nota, o Partido Progressista se colocou à disposição para colaborar com as investigações.
O suspeito ainda disse que as pressões indicavam dois caminhos: pagar e conseguir receber os recursos para tocar a obra ou negar a propina e ficar sem o dinheiro e com o projeto parado.
Xavier negou que o seu cliente tenha admitido o pagamento de propina após um acordo de delação premiada:
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– Ele disse apenas a verdade e colaborou com o Judiciário. Acompanhei todo o depoimento, e não há nenhum tipo de delação.
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Erton não deve ser libertado nesta terça-feira, porque é um dos seis presos detidos que está sob prisão preventiva, sem prazo para expirar.
Um dos principais trabalhos prestados pela Galvão Engenharia para a Petrobras ocorreu na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
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