Um filme que pode não ser um filme. Uma banda que pode não ser uma banda. O real que pode não ser real. E que, por isso mesmo pode ser deletado, como no caso de OJO, novo filme de Roberto Panarotto, que será apresentado neste domingo, às 18h, no Sesc de Chapecó.
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– É uma exibição única que nunca mais poderá ser feita da mesma forma – explica o diretor, que promete muitas surpresas durante o espetáculo.
Quem já conhece Roberto Panarotto dos tempos da banda Repolho sabe que pode esperar tudo, menos algo “normal” para os padrões convencionais.
Aliás o filme nasceu de entrevistas em vídeo de pessoas para um “casting” que Panarotto identificou que tinham um gosto comum por música. Felipe Triches virou Zéfiro. Yandra Moura se transformou em Clarice. E Jivago Del Claro, como não lembrar de Doutor Jivago, virou Ramon.
– Sempre quis fazer o filme de uma banda que durava seis meses e depois acabava e de repente eu tinha os personagens para isso – explicou.
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Ele produziu e gravou músicas dele e do irmão Demétrio Panarotto com mais dois amigos, e gravou pela banda OJO.
Nas gravações valia tudo, de celular a filmadora. O próprio roteiro ia surgindo conforme eram realizadas as gravações. E a produção não se limita ao filme e sim às inserções em outros meios e de diversas formas de linguagem.
– O filme tem a ver com o conceito de Modernidade Líquida, de Zygmunt Baumann – explicou Panarotto.
Este á seu segundo filme. O primeiro foi Plástico, lançado em 2014.
A iniciativa faz parte do projeto Unocultural e também está dentro das iniciativas do curso de Audiovisual da Unochapecó, de produzir cinema autoral na região Oeste.
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Para saber mais, ou se confundir mais, o jeito é ir até o Sesc de Chapecó neste domingo. O ingresso é gratuito e pode ser retirado uma hora antes.