Enquanto o advogado de Oscar e o departamento jurídico do Inter estudam a melhor forma de buscar a liberação do meia junto à Justiça do Trabalho, o São Paulo analisa denunciar o clube gaúcho por “aliciamento”. Kalil Abdala, diretor jurídico são-paulino, demonstrou irritação com as imagens de Oscar treinando no Beira-Rio em vez de apresentar-se ao Morumbi.

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As fotos do meia, em destaque no site oficial do Inter, foram postadas justamente para mostrar o interesse do atleta em permanecer no Beira-Rio em vez de retornar ao Morumbi. Nos bastidores, já há o temor de que o processo se arraste da Justiça e que Oscar acabe ficando fora da Libertadores, por falta de tempo para uma solução nos Tribunais. A alternativa seria buscar uma composição com o São Paulo, a fim de comprar os direitos de Oscar do São Paulo, algo que a direção colorada rechaça com veemência.

– O caso está com o nosso departamento jurídico. Não responderei a dirigentes de outros clubes – afirmou o presidente do Inter, Giovanni Luigi.

Procurado por ZH, o diretor jurídico do Inter, Rogério Pastl, também negou-se a dar uma resposta sobre o posicionamento do São Paulo.

A seguir, os principais trechos da conversa de Abdala com ZH.

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Zero Hora – Quais os próximos movimentos do São Paulo no “caso Oscar”?

Kalil Abdala – Ainda estou estudando, mas as chances de uma denúncia por aliciamento são grandes.

ZH – Por quê?

Abdala – Porque o Inter está desrespeitando uma ordem judicial. Fazer o jogador treinar em Porto Alegre e não no São Paulo, como determinou a Justiça, é aliciamento. Vamos ver o que faremos sobre isso.

ZH _ O presidente da FGF, Francisco Novelletto, declarou que esse julgamento é “político”. Como o senhor recebe isso?

Abdala – Esse senhor deveria respeitar a Justiça. O São Paulo já obteve uma vitória na Justiça. Limpa. É preciso ter mais respeito com o Judiciário.

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