Não há mais conversas. A partir de hoje, o meia colorado Oscar tem até 18 de julho para se apresentar no Morumbi ou o São Paulo irá engrossar o caldo em relação ao processo contra o jogador. Segundo Kalil Abdala, diretor jurídico do clube, a nota emitida pelo site oficial do São Paulo é um ultimato ao jogador. Caso o camisa 16 não esteja vestindo a camisa tricolor em 90 dias, não restará outra alternativa aos paulistas senão adotar as medidas cabíveis para a preservação dos seus direitos.

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– Ele tem de voltar. Onde já se viu você trabalhar em um local e ir embora sem mais nem menos? – declarou Adbala.

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O diretor jurídico não quis especificar quais seriam as medidas que o clube paulista irá tomar. Abdala foi reticente e disse apenas que o tricolor irá aguardar os 90 dias para, após esse período, sentar para conversar sobre quais passos serão dados. A medida cautelar proposta pelos advogados do jogador pedia a suspensão da decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT/SP), que reativou o contrato com o São Paulo no último dia 21 de março. Na noite desta terça-feira, ministro Roberto de Lacerda Paiva, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, infederiu o pedido.

Em dezembro de 2009, Oscar pediu a rescisão contratual com o clube paulista judicialmente depois de problemas na renovação. Ele saiu vencedor em primeira instância no TRT/SP e, assim, pôde assinar contrato com qualquer outro clube, no caso, o Inter. Com o restabelecimento do vínculo do atleta com o clube paulista, Oscar está afastado dos gramados – mas segue treinando no Beira-Rio – desde 21 de março, quando o Inter estava na Bolívia para encarar o The Strongest, pela Libertadores. Nesta segunda, Oscar deixou claro que quer continuar no Inter e não voltará ao São Paulo.

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– Se ele não quiser voltar, se achar que não tem ambiente para atuar ou trabalhar no São Paulo, pague a multa rescisória. Ele tem todo o direito, qualquer um dos dois (clube ou jogador) pode rescindir contrato a hora que quiser – explica Abdala.

Informações de bastidores dão conta de que, com base em multas e salários que Oscar receberia pelo São Paulo caso seu contrato tivesse sido mantido, os números que iniciariam a negociação seriam entre R$ 4,5 milhões a R$ 10 milhões.