Diretor-geral do JEC acredita em retorno do Catarinense no final de junho

Após um mês com atividades paralisadas por causa da pandemia do coronavírus, os jogadores do JEC voltaram aos treinos nesta semana em Joinville. No entanto, ainda não há uma data definida para voltarem a jogar. Segundo o diretor-geral do clube, Luis Carlos Guedes, a expectativa é de retorno do Campeonato Catarinense na segunda quinzena de junho.

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Guedes explica que o pedido da Associação de Clubes de Santa Catarina (SC Clubes) e da Federação Catarinense de Futebol (FCF) feito ao governo do Estado é para que o futebol retorno em 5 de junho. No entanto, o diretor tricolor acredita ser difícil a retomada nesta data.

Segundo ele, as reuniões realizadas entre os clubes já definiu a manutenção do regulamento com a disputa do mata mata em jogos de ida e volta e o rebaixamento de um clube para a segunda divisão. Desta forma, seriam necessárias seis datas para a conclusão do campeonato.

Outra definição foi a liberação de cinco substituições durante os jogos. A única pendência ainda é sobre a quantidade de atletas que poderão ficar no banco de reservas nas partidas.

O diretor garante que o JEC é a favor do retorno do futebol, mas respeitando todas as regras de segurança impostadas pelas autoridades para evitar o contágio do coronavírus. Segundo ele, o retorno seria importante até para o caixa do clube.

– Não seria nem por causa da bilheteria, apesar de acreditarmos que terá um público maior por causa do mata mata do Catarinense. Muitos patrocinadores estão dizendo que vão voltar a pagar quando o futebol retornar. Muitos sócios também esperam voltar quando tiver jogos – explica.

O primeiro passo já foi tomado com o retorno aos treinos nesta segunda-feira. Os atletas foram testados para coronavírus e tiveram os resultados negativos, de acordo com o clube. Guedes conta que outros clubes também estão testando os jogadores e descobrindo atletas com Covid-19.

Retorno aos treinos é primeiro passo

Segundo o diretor tricolor, um protocolo está sendo cumprido para testagem de temperatura, higienização e outros cuidados para todos que entram no centro de treinamento. Os vestiários não funcionarão porque os atletas já chegarão trocados, por exemplo.

Guedes explica que o retorno aos treinos também é importante porque significa um recomeço para os atletas profissionais. As atividades ainda beneficiarão os jogadores emocionalmente, de acordo com o diretor.

– Como os testes para Covid-19, eles sabem que estão bem fisicamente e com a saúde em dia, podendo ir para o campo mesmo com limitações de contato. Isso melhora o astral porque para atletas de alto rendimento é complicado ficar dois meses fora – comenta.

Como a expectativa do clube para o retorno do Catarinense é de um mês, os jogadores voltarão a repetir os testes antes de voltar aos gramados, além de precisar seguir o protocolo a ser divulgado pela Federação Catarinense e Associação de Clubes.

Previsão para início da Série D

O diretor tricolor diz que é mais difícil prever o início do Campeonato Brasileiro da Série D, que estava marcado inicialmente para o começo de maio. Isso porque como a competição envolve clubes de todos os estados brasileiros, dependerá da situação do coronavírus em cada uma das unidades da federação.

– Trabalhamos com um início de Série D para agosto. O que os departamentos jurídicos e técnico da CBF têm falado na reunião com os clubes é que o futebol tem que voltar em algum momento. Quem vai determinar o momento é a área da saúde – explica Guedes.

Segundo ele, a CBF vem dizendo que todas as séries vão acontecer neste ano, podendo ser concluídas em 2021. As férias do fim de ano foram antecipadas, o que possibilitaria o avanço para o próximo ano. Guedes afirma que clubes de algumas regiões já afirmam não ter condições de entrar em campo pela Série D.

– A CBF vai ter que decidir se faz do modelo como era previsto, se substitui os clubes que vão decidir sair. Isso vai depender do momento em que for decidido o retorno – afirma.

A única certeza de Guedes é do retorno com estádios fechados e sem público, em um primeiro momento.