O diretor-geral da Câmara de Vereadores de Tijucas, Djonathan Desiderio, foi preso temporariamente por algumas horas nesta sexta-feira pela Polícia Civil na segunda fase da Operação Iceberg, que investiga crimes praticados por servidores da Casa. Ele é suspeito de prática de crime de peculato. Agentes da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) cumpriram mandados de prisão em Tijucas e Curitiba.

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Polícia Civil prende ex-chefe de gabinete da Câmara de Vereadores de Tijucas

Segundo a Polícia, o diretor-geral está sendo investigado pelo recebimento de diárias em cursos que supostamente não eram realizados. Seriam crimes ocorridos desde 2013. O delegado Walter Watanabe, da Divisão de Crimes Contra o Patrimônio Público (DCCPP), comanda a investigação e informou através da assessoria de imprensa que o diretor seria um dos que fez o curso e que mais recebeu diárias neste ano. Os valores ainda não foram todos mensurados.

Djonathan Desiderio foi liberado no final da tarde desta sexta-feira após prestar depoimento na Deic, em Florianópolis. O advogado do suspeito não foi encontrado pela reportagem.

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O Diário Catarinense tentou contato com a Câmara de Vereadores de Tijucas em duas oportunidades no começo da noite desta sexta-feira, mas ninguém atendeu o telefone informado no site do Legislativo municipal.

Esquema envolvia empresa de Curitiba

Foram cumpridos mandados na Câmara de Tijucas e num estabelecimento em Curitiba. Este último local era onde estariam sendo realizados os cursos. Foram apreendidos computadores, celulares, balancetes contábeis e certificados de cursos.

As investigações estão sendo realizadas pela da DEIC há aproximadamente um ano. A operação recebeu o nome de Iceberg em razão da suspeita de outros servidores e vereadores relacionados com as condutas criminosas. A primeira etapa da Operação Iceberg foi em 7 de agosto deste ano.

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