“Multiplicam-se pelo país apelos pela prioridade à educação em contraste com greves de professores nas escolas públicas e manifestações estudantis com inacreditável culto à desordem e à depredação de patrimônio público. De fora do país vêm as notícias que repercutem no mundo globalizado: estamos nos últimos lugares em avaliações de ensino básico, colecionamos péssimas notas em rankings que medem a inovação tecnológica e lá se vai o bonde da competitividade no plano internacional.
Continua depois da publicidade
O modelo da escola brasileira caducou e nem os professores – esses eternos injustiçados – perceberam isso, porque concentram toda a sua energia nas últimas décadas nas perdas salariais das carreiras do magistério. É sem dúvida, um dos principais pontos do nó educacional, mas não é o único.
As escolas não acompanharam as transformações econômicas e o surgimento de novas carreiras e necessidades do mercado de trabalho, sobretudo para a indústria e o setor de prestação de serviços.
Os estudantes precisam se integrar às estruturas produtivas, ter mais aprendizado prático, um modelo semelhante ao adotado pelo Senai, que saiu na frente e já prepara até mão de obra especializada em aviação de alto nível em Palhoça, para ficarmos em um exemplo mais próximo.
As escolas estão “dentro” das indústrias, em relacionamento estreito e muito produtivo, captando e preparando na sua base as necessidades de mão de obra, cada vez mais especializada e segmentada. A educação precisa não apenas de mais verbas, mas de um modelo que priorize demandas concretas de mercado e, sobretudo, de correta gestão dos investimentos. O futuro profissional de milhões de jovens depende disso e é com eles que precisamos contar para tocar nossas empresas e fazer o país crescer.”
Continua depois da publicidade