O diretor-geral do IGP, Miguel Acir Colzani, explica que a lentidão nas perícias dos computadores e celulares da Operação Regalia se deve ao grande volume de material que foi apreendido. Porém, ele destaca que todas as perícias já foram concluídas e que os laudos já estão sendo encaminhados para a polícia:
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– Nós temos uma infraestrutura preparada para atender uma certa demanda, e neste caso a quantidade de material era muito maior do que a nossa capacidade. Mas graças ao empenho dos nossos profissionais nós já finalizamos todos os procedimentos, apesar da dificuldade pelo grande volume de material enviado para análise.
Além disso, Colzani destaca também a complexidade da análise, já que os equipamentos continham uma carga de informações muito grande, o que exigiu tempo e dedicação dos profissionais para extrair e analisar os dados. Por isso, a perícia foi dividida por várias unidades do IGP.
– Encaminhamos o material para locais com profissionais qualificados para fazer essas perícias, porque isso não é uma atividade trivial.
ENTENDA O CASO
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– Uma investigação do Ministério Público e da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) levou à cadeia no dia 24 de março o diretor do Presídio Regional de Blumenau, Elenilton Fernandes, e outros 12 agentes. Também foram presas mais 26 pessoas, entre elas empresários e parentes de detentos. A operação cumpriu 27 mandados de busca e apreensão.
– A Operação Regalia investiga crimes de corrupção ativa e passiva, concussão, prevaricação, peculato e facilitação de fuga. Há indícios de associação para o tráfico de drogas. O esquema envolvia redução ilegal das penas, regalias, facilitação de saídas momentâneas e de fugas, além do ingresso de drogas e celulares em troca de dinheiro ou bens.
– Na semana em que os mandados foram cumpridos, o Departamento de Administração Prisional (Deap) nomeou o diretor da Unidade Prisional Avançada (UPA) de Itapema, Marco Antônio Elias Caldeira, como interventor e responsável pela administração do Presídio Regional de Blumenau. Alguns dias depois ele disse ao Santa que “Blumenau era o paraíso do presos”. Caldeira permanece como interventor do presídio.
– Os presos foram liberados um mês depois da operação. Eles permanecem afastados do trabalho devido a uma medida cautelar que os impede de retornarem às atividades, mas continuam recebendo o salário de servidores do Estado, segundo dados do Portal da Transparência do Governo de Santa Catarina.
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