Os vereadores que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde ouviram nesta segunda-feira (24) o diretor do Hospital Municipal São José, Paulo Manoel de Souza, e o gerente de planejamento, controle, avaliação e auditoria da Secretaria da Saúde, Jean Rodrigues da Silva.
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Os membros da CPI questionaram as grandes filas para cirurgias e exames médicos e a falta de medicamentos nos postos. Sobre a falta de medicamentos, Souza afirmou que muitos remédios não podem ser substituídos, mas que nos casos em que isso é possível, ela ocorre.
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– O problema é que se o fornecimento de um medicamento é interrompido sem aviso prévio, não se pode apenas ir à farmácia comprar outro. A burocracia é muito mais complicada – disse.
As filas também foram tema durante a reunião. Segundo Silva, em 2004, era feito o agendamento de cirurgias, consultas e exames, o que mudou em 2008, com o atendimento antecipado em casos prioritários em vez de ser seguida a ordem de entrada na lista de espera.
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Por causa da superlotação de hospitais e prontos socorros, Silva afirmou que não se tem uma vazão para a realização das cirurgias eletivas. Ele explicou também que as unidades básicas de saúde poderiam resolver até 80% dos problemas de atendimento da população, o que não é feito atualmente porque a maioria das pessoas procura os hospitais.
A CPI da Saúde foi criada a partir de um pedido do MP para investigar o descumprimento de decisões judiciais na área de saúde por parte do prefeito Udo Döhler.