A força-tarefa dentro das unidades prisionais catarinenses e que faz parte da megaoperação para o combate ao crime organizado no Estado vai seguir pelo menos até a Páscoa. Foi o que garantiu ontem o diretor do Departamento de Administração Prisional (Deap), Leandro Lima.
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Com as ações deste fim de semana, chegou a dez o número de operações para vasculhar celas realizadas realizadas desde o Natal em quase todas as unidades prisionais de Santa Catarina.
Ontem, o Deap terminou a segunda fase da Operação Presença. Desde quinta-feira, cerca de 300 pessoas, a maioria agentes penitenciários de oito unidades prisionais, além do Batalhão de Choque da Polícia Militar e da Força Nacional de Segurança fizeram uma varredura em 49 unidades prisionais do Estado. Encontraram cartas, armas e controlaram dois incidentes considerados leves.
As cartas e bilhetes foram recolhidos no Complexo Prisional de São Pedro de Alcântara e passarão por perícia para verificar se o conteúdo tem relação com a facção criminosa responsáveis pelas duas ondas de ataques em Santa Catarina. No local ainda foram encontradas seis facas artesanais.
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Os incidentes foram registrados em Chapecó e em Jaraguá do Sul. No Oeste, dois presos não queriam retornar à cela depois do banho de sol. Eles mudaram de ideia ao perceber o reforço na segurança da unidade, que no dia contou com patrulhamento aéreo de helicóptero. No Norte, um preso foi agredido pelo colega de cela. Ele recebeu atendimento médico e passa bem.
Segundo Lima, a operação é dividida em duas frentes. A primeira trata de rondas extras formadas por equipes itinerantes para reforçar a segurança dos agentes penitenciários em serviço dentro das prisões. Lima não quis falar sobre a informação de que o PGC estaria planejando matar um agente penitenciário e que a segurança extra seria por esse motivo.