O advogado Nelson Castello Branco Nappi, um dos 11 presos na Operação Alcatraz, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira, foi exonerado no cargo de diretor de Tecnologia da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc).
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A informação foi confirmada em nota pela assessoria da Casa no fim da tarde desta quinta-feira. Segundo o texto, a exoneração teria sido uma determinação do presidente da Alesc, Julio Garcia (PSD). O deputado, por sua vez, teve o apartamento e um sítio em Florianópolis como locais de busca e apreensão por policiais federais na manhã desta quinta.
Nappi atuou durante anos na administração do Estado, durante as gestões de Raimundo Colombo e Eduardo Pinho Moreira. Ele chegou a ser secretario-adjunto de Administração, pasta de onde sairiam os contratos sob suspeita da Polícia Federal, e também foi diretor da Imprensa Oficial. Atualmente, o advogado atuava como diretor de Tecnologia da Alesc.
No texto em que informa a exoneração do servidor, a diretoria de Comunicação da Alesc confirma que documentos e equipamentos eletrônicos que seriam de uso de Nappi foram apreendidos em um prédio administrativo na Avenida Mauro Ramos, no Centro de Florianópolis, na manhã desta quinta.
Sobre a busca feita no apartamento e no sítio do presidente da Alesc, a assessoria informa que ainda não teve acesso a informações sobre o teor das acusações, mas se coloca à disposição das autoridades.
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Confira abaixo a nota da assessoria da Alesc na íntegra:
“INFORMAÇÕES À IMPRENSA
A Assembleia Legislativa, por meio da Diretoria de Comunicação Social, informa que o evento policial ocorrido hoje não tem como foco o Poder Legislativo de Santa Catarina.
Um mandado de busca e apreensão foi cumprido nesta manhã no prédio administrativo da Avenida Mauro Ramos, onde foram vistoriados e apreendidos documentos e equipamentos eletrônicos, de uso do diretor de Tecnologia, Nelson Nappi, investigado no inquérito.
Por determinação do presidente, deputado Julio Garcia, o diretor foi exonerado do cargo no dia hoje.
Até o presente momento a Assembleia Legislativa não teve acesso a informações mais precisas a respeito do inquérito ou sobre o teor das acusações. Mas está atenta e à disposição das autoridades para que o caso seja esclarecido no menor espaço de tempo possível.
Florianópolis, 30 maio de 2019.”