O diretor financeiro da Pavsolo, Fábio Gonçalves, diretor financeiro da Pavsolo, afirma que os atrasos são decorrentes de um desequilíbrio financeiro na execução das obras do contorno viário da Grande Florianópolis. “A Pavsolo já assumiu quase R$ 20 milhões de prejuízo, e para terminar dentro do prazo, em janeiro e em julho de 2018, precisa absorver mais R$ 15 milhões, que a empresa não tem condições de assumir”, afirmou, em entrevista ao Notícia na Manhã desta sexta-feira.
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Gonçalves enumera fatores técnicos “graves” que inviabilizam a continuidade da obra: a falta de licença ambiental para as jazidas de material, os atrasos na desapropriações e as mudanças no projeto. Além disso, alega que as chuvas acima do previsto atrasaram o trabalho.
“A gente não consegue produzir o que estava previsto. O custo fixo é igual todos os meses, pela contratação de mão de obra direta e terceirizada, mas nossa produção e nosso faturamento estão abaixo do previsto. A gente consumiu o capital de giro e não consegue mais faturar”, afirma o diretor.
Os caminhoneiros paralisados são de uma empreiteira contratada pela Pavsolo. O diretor confirma que, sem recursos, atrasou o repasse a essa terceirizada. Gonçalves defende que a Arteris zere o passivo de quase R$ 20 milhões para que a Pavsolo deixe a obra, e outra empreiteira seja contratada. A empresa é responsável por cerca de 12 quilômetros do contorno viário, em São José e em Biguaçu.
A Assembleia Legislativa promove audiência pública na próxima segunda-feira para discutir o andamento das obras do contorno viário.
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