O diretor do documentário que acompanha a história da virgem catarinense que leiloou a virgindade na internet pode ser acusado de tráfico sexual. O australiano Justin Sisely foi quem selecionou Ingrid Migliorini, conhecida como Catarina, e outro jovem para as filmagens de Virgins Wanted.

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Catarina receberá cerca de R$ 1,6 milhão e terá a sua primeira vez com um japonês de 53 anos, chamado Natsu. Porém, o subprocurador-geral da República, João Pedro de Saboia Bandeira de Mello Filho, ordenou uma investigação urgente, alegando que o leilão envolve “tráfico de pessoas”.

Em uma carta ao ministro das Relações Exteriores do Brasil, Bandeira de Mello sugere que seja providenciado o contato com as autoridades envolvidas na operação internacional. Ele acredita que a Austrália deve revogar o visto da moça e deportá-la ao Brasil.

A decisão de Catarina de vender a virgindade provocou indignação em todo o mundo. A relação sexual em si não será filmada e o japonês Natsu poderá manter sua identidade em sigilo. O leilão iniciou em setembro e além da catarinense, o jovem russo Alexander também foi escolhido para participar. Ele receberá US$ 3 mil de um brasileiro, de São Paulo, identificado apenas como Nene B. ?

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O Correio do Brasil teve acesso ao documento enviado por João Pedro de Saboia Bandeira de Mello Filho. Confira a carta publicada pelo jornal: ?

Exmo Sr Ministro de Relações Exteriores ?

Excelência : ?

Tenho a honra de me dirigir a V. Exa., em face das constantes notícias que circulam na INTERNET de que a brasileira Catarina Miglioni foi aliciada por uma produtora de TV da Austrália para participar de um “reality show” leiloando sua suposta virgindade, já havendo, inclusive, comprador compromissado. ?

Embora não tenha examinado detidamente o assunto, em principio me parece que se trata de crime de tráfico de pessoas, cuja repressão é prevista em tratados internacionais . ?

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Assim, sugiro a V. Exa. que determine ao Exmo Sr Embaixador naquele país as providências junto às autoridades policiais e judiciárias cabíveis para interromper a execução de eventual crime, para o que, acredito, deveria ser solicitada a revogação do visto (por exercício de prostituição) e a deportação com urgência.

Desculpando-me por utilizar mail e não ofício, face à urgência do assunto, apresento meus meus elevados protestos de consideração e apreço. ?

Atenciosamente ?

João Pedro de Saboia Bandeira de Mello Filho

Subprocurador-Geral da República