Não havia um dia melhor para começar a Série B do que no domingo consagrado aos pais. Afinal, quase todos os atletas são pais. Mas, o que tem isso a ver com o futebol? Nada, talvez, porém não deixa de ser um domingo de festa, comemorativo àquele que batalha o dia-a-dia para oferecer melhores condições de vida a sua família. Machismo? Não, apenas uma realidade antiga, muito antes da nova era em que as mulheres passaram a disputar o mercado em igualdade de condições. Embora a Série B tenha, na verdade, iniciado no sábado, para nós, catarinenses, os quatro representantes do Estado começam sua jornada neste domingo. E vamos todos ao trabalho mais cedo num dia em que deveríamos apenas festejar. Em compensação elas terão que ir para a cozinha também mais cedo. Vingança boba, mas no fundo, compensadora. Quem é quem? Quem se preparou melhor? Começaria dizendo que o Criciúma, treinado por Luiz Gonzaga Milioli, foi quem manteve a base, ou quase isso. Acrescentou alguns novos contratados, mas os amistosos realizados não tranqüilizaram o torcedor. Pela ordem, o Figueirense definiu cedo uma parceria com a CSR Marketing Esportivo e montou seu time em tempo hábil. Veio o treinador e, com ele, quase um novo time. Bons amistosos e o técnico definiu cedo a equipe para a Série B. O campeão O Joinville perdeu vários jogadores campeões do Estado. Buscou alternativas. Teve dificuldades financeiras, esperou a definição da competição e os recursos que viriam. Por tudo isso, demorou a se definir. Trabalhou com os pés no chão. Perdeu o técnico bicampeão e foi buscar um profissional, Wanderley Paiva, que já havia trabalhado no clube. Fez apenas um amistoso de valor, contra o Avaí. Vai ter que entrosar o time durante o campeonato. Acho que terá problemas. Expectativa O Avaí, de péssima campanha no Estadual, prometeu a sua torcida um segundo semestre positivo e recuperador. Com o clube saneado, vieram os jogadores e um novo técnico. Bons amistosos, dificuldades com a impaciente torcida, mas o apoio da direção do clube ao novo grupo e a tranqüilidade para uma boa estréia em casa. Vai começar. Temos quatro representantes entre os 14 disputantes da chave Sul. Classificam quatro. Impossível que não consigamos colocar alguém. Dose dupla Como o jogo do Figueirense em Vitória, contra a Desportiva, é às 11h, a cobertura da CBN começara às 9h, emendando com o jogo da Ressacada, Avaí x Bragantino, e só terminando após o encerramento do Bate Bola feito em conjunto com a TVCOM, às 23h. No comando do superdomingo esportivo, o jornalista Carlos Alberto Ferreira. O papel Nos tempos em que administrava o Maracanã, Abelard França recebeu uma carta de um torcedor reclamando que todos os domingos ia ao estádio e nunca encontrava papel higiênico nos sanitários. Abelard, que não deixava carta de torcedor sem resposta, escreveu ao reclamante: “Mandei providenciar. Mas gostaria que o amigo compreendesse que o Maracanã não foi necessariamente feito para o uso que o senhor vem fazendo dele.” Nota 10 A Seleção Brasileira atual, segundo a leitora Sandra Alves: 10 moralizado + 10 esperado + 10 organizado + 10 motivado + 10 classificado + 10 acreditado + 10 preparado + 10 equilibrado +10 iludido + 10 orientado = 100 vergonha, 100 título, 100 time, 100 porcaria nenhuma. Interessante, não Alves? Contusão O ponta esquerda Noronha, do Figueirense, na década de 60, levou tremenda bolada e caiu, contorcendo-se em dores. Chegou ao médico e perguntou: “Onde foi que te pegaram? “No estambo”, gemeu Noronha. “E onde fica o estambo?” “Ih, doutor. Se o senhor não sabe, então estou fu”.
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