O aparelho instalado para bloquear o sinal de celulares no Presídio Regional de Joinville ficou com problemas entre o dia 29 de agosto até a última quinta-feira. É o que informou a direção da unidade em reposta ao ofício do juiz João Marcos Buch, da Vara de Execuções Penais de Joinville.
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Buch cobrou esclarecimentos sobre o funcionamento do aparelho na semana passada, quando visitou o presídio e percebeu que seu celular ainda funcionava lá dentro. Na resposta ao juiz, a direção informou que o bloqueador de sinal voltou a funcionar a partir da intervenção dos técnicos da empresa responsável pelo equipamento – mantido por um contrato de locação.
Agora, o juiz deu prazo de 15 dias para que a gerência do Presídio Regional de Joinville apresente informações sobre as circunstâncias que levaram à inoperância do aparelho. Laudo técnico será realizado para apontar as causas da falha.
Até novembro do ano passado, quando o bloqueador de sinal passou a funcionar no presídio, os detentos que conseguiam acesso a telefones celulares podiam conversar sem qualquer restrição no presídio. Em abril de 2012, na série Diálogos Proibidos, “AN” mostrou que os presidiários mantinham conversas livremente em um serviço de bate-papo telefônico.
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Nas escutas telefônicas da investigação, que garantiu a condenação de sete membros do PGC em Joinville, a polícia interceptou uma conversa de um detento do Presídio Regional de Joinville. No diálogo, ele afirma que “aqui é melhor da Oi”, referindo-se ao sinal da operadora. O áudio foi interceptado no dia 31 de janeiro.
A SDR de Joinville realizará no próximo dia 29 um pregão presencial para a compra de um pórtico detector de metais para o presídio. O equipamento será instalado na sala de revistas, após a reforma.