Por enquanto, Abel Braga continua no comando do Fluminense. Depois do presidente Peter Siemsen e do diretor executivo Rodrigo Caetano, foi a vez do presidente da Unimed, patrocinador da equipe, Celso Barros, vir a público para garantir que o treinador segue com respaldo nas Laranjeiras.

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Os dois estiveram juntos no camarote da empresa, domingo, no primeiro dia do desfile das Escolas de Samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro. Entre a troca de sorrisos e elogios, Barros ressaltou o quanto foram importantes as mudanças feitas no time para que os resultados voltassem a acontecer e, consequentemente, Abel Braga voltasse a ter de tranquilidade.

– Todos sabem que futebol é resultado. Se as vitórias não aparecem, a situação fica complicada. Porém, o Abel nunca esteve ameaçado de deixar o cargo. Não tem e nunca teve isso no Fluminense. Estamos unidos com a certeza de que esse grupo pode conquistar muitos títulos este ano. O treinador alterou algumas coisas na equipe e entendeu o que poderia mudar – destacou Barros.

A classificação para a semifinal da Taça Guanabara, no fim das contas, parece ter deixado o time das Laranjeiras zerado neste começo de temporada. As atuações irregulares foram substituídas pela confiança de que o time pode vencer o Botafogo na quinta-feira e ir à final do primeiro turno do Campeonato Carioca, contra quem levar a melhor no duelo entre Vasco e Flamengo, nesta quarta, no Engenhão.

– Ninguém acreditava que poderíamos nos classificar. Tudo bem que contamos com a ajuda do Vasco, mas o Fluminense se mostrou guerreiro e levou a vaga na última rodada. A sensação que temos é de alívio e precisamos trabalhar mais a partir de agora – afirmou um empolgado Abel.

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Abel: “Quero ficar por mais três anos”

O alívio com a sequência de dois bons resultados no Campeonato Carioca fez com que o técnico Abel Braga voltasse a vislumbrar seu futuro a longo prazo nas Laranjeiras. O treinador cogita até mesmo encerrar a carreira pelo clube que o projetou no fim dos anos 60, ainda como zagueiro. Mas trata com maturidade a possibilidade de isso não acontecer.

– As vitórias não são uma resposta às críticas e à desconfiança da torcida. O que vem de fora não me atinge, sou um técnico acostumado com títulos, mas também com derrotas. Sinto-me muito bem no Fluminense e espero seguir no clube por, pelo menos, mais três anos. Mas, se esse casamento tiver que terminar, eu espero que seja sem estresse para os dois lados. Tem de ser algo natural – ressaltou, durante os desfiles na Sapucaí.