Depois do apito final, o presidente interino da CBF, Alfredo Nunes, garantiu a permanência de Luiz Felipe (foto) para a disputa da Copa, contrariando especulações a respeito da saída do técnico, alimentadas pelo próprio dirigente com críticas públicas após a derrota para a Bolívia, há uma semana. – O Felipão só sairá do cargo se quiser. Ele tem o apoio do Ricardo Teixeira (presidente da Confederação Brasileira de Futebol, em licença médica nos Estados Unidos) e o meu também – afirmou Nunes. Em seguida, Felipão apareceu para a entrevista coletiva e, sorridente, confirmou seu desejo de seguir no comando da Seleção para a disputa do pentacampeonato mundial: – Minha intenção é permanecer. Ontem mesmo (terça-feira) conversei por telefone com o Teixeira e discutimos o planejamento do trabalho para o ano que vem. Inclusive levantamos com naturalidade a hipótese de disputar a repescagem. Da mesma forma foi com o Alfredo, portanto eu devo ficar. Apesar de não ter sido de uma forma brilhante, conseguimos nosso objetivo, e dedico esta conquista para meus filhos Leonardo e Fabrício. Cumpri o que tinha prometido para eles – disse o treinador. Com a vaga garantida, Luiz Felipe já projetou as expectativas quanto a seu futuro no comando do time brasileiro. Segundo ele, a definição de um calendário adequado em 2002 possibilitará a preparação ideal – um amistoso contra a Polônia já está confirmado, e outros dois, ao menos, deverão ser anunciados em breve. O técnico acredita que o grupo chegará ao Japão e à Coréia em condições de, pelo menos, ficar entre os quatro melhores. Felipão disse ainda que 75% dos jogadores atualmente convocados serão mantidos e não descartou a presença de Romário no time. Mas avisou: só entrará quem estiver totalmente comprometido com sua filosofia. Em relação à estrutura hoje proporcionada pela CBF, Luiz Felipe não fez ressalvas. Disse que seu relacionamento com o coordenador técnico Antônio Lopes, cuja saída é especulada, é o melhor possível e reiterou que, no que depender da sua vontade, nada mudaria na comissão técnica. Perguntado sobre a possibilidade de Carlos Alberto Parreira assumir como supervisor geral, Felipão disse que trabalhar com o atual treinador do Inter, tetracampeão mundial em 1994, seria uma honra. – Qualquer um gostaria de trabalhar com o Parreira, é um excelente profissional. Porém, a decisão sobre este assunto não passa por mim, e sim pela direção da CBF – esclareceu. Na verdade, são grandes as chances de Parreira voltar à CBF. Alfredo Nunes defendeu, depois do jogo, a reativação do cargo de diretor de seleções. Função que o técnico colorado poderá assumir assim que a participação do Inter no Brasileirão se encerrar, prazo estabelecido para a rescisão do seu contrato com os gaúchos.

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