Desde a semana passada, Florianópolis recebeu reforço de efetivo de policiais militares vindos do interior contra a onda de assassinatos que já vitimou ao menos 78 pessoas desde o começo do ano. A medida é uma das ações da cúpula da segurança como tentativa de estancar os homicídios. Apesar de importante, por enquanto está sendo vista nos bastidores do meio policial como paliativa e que não irá resolver em definitivo o problema da criminalidade.
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Embora leve às ruas a sensação de segurança, a chance de prender foragidos e apreender armas, o incremento de PMs não irá por exemplo interromper o domínio de comunidades por facções criminosas. As áreas conflagradas são aquelas em que há ausência do Estado em políticas públicas como serviços de saúde, social, educação e lazer.
A quantidade de PMs deslocados para a Capital é mantida em segredo pela PM com a justificativa de não prejudicar o andamento da operação. O comando afirma que os militares vieram de todas as regiões do Estado em número não superior a quatro por unidade, justamente como forma de não desguarnecer as cidades de origem. Na prática, diante do cobertor curto, a intenção é evitar que se puxe de um lado e descubra o outro. Vale lembrar que cidades do interior enfrentam o pavor de quadrilhas que aterrorizam a população em violentos assaltos a banco.
As ações em Florianópolis são de cerco, barreira, varredura, ocupação e rondas táticas. Especialistas e policiais afirmam que é importante não deixar os PMs do interior efetuarem incursões sem colegas que conheçam a realidade local como forma da própria proteção das equipes. A PM afirma que os policiais selecionados possuem capacitação em patrulhamento urbano ou curso exigido por exemplo para participar do policiamento das Olimpíadas. O tempo de permanência do reforço na Capital ainda não está definido.
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