A Polícia Civil está de luto. A morte do agente da Deic na Capital, Fabrício Strobel, 35 anos, entristeceu colegas da instituição e da segurança pública. O jovem policial civil se tornou mais uma vítima da carnificina do trânsito catarinense ao ter o carro que dirigia atingido por outro que apareceu em sentido contrário, na Via Expressa, cujo motorista também perdeu a vida.
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A repercussão do acidente gerou depoimentos entre amigos e policiais nas redes sociais. Fabrício atuava na divisão de roubos e antissequestros da Deic. Nos últimos anos, essa equipe virou referência nas investigações e operações linhas de frente contra violentos assaltantes de bancos e sequestradores. Os resultados renderam aos policiais, entre eles Fabrício, várias homenagens públicas de reconhecimento.
O secretário-adjunto da Segurança Pública, Aldo Pinheiro D’Ávila, que é delegado da Polícia Civil, lamentou a perda e fez um desabafo em seu perfil nas redes sociais:”Foi mais uma vítima de mais um, dentre tantos motoristas, que matam diariamente muito mais do que assassinos e assaltantes, mas que contam com a complacência social, afinal, mesmo que matem muito mais, usam a arma que todos usamos: um veículo”, decretou.
As palavras do secretário expressam a indignação e a dor do sofrimento de ter alguém próximo ceifado no trânsito. Há um sentimento de impotência porque os casos se repetem sem que nada de impacto seja feito para frear a violência ao volante.
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A Via Expressa é a porta de entrada e saída da Capital catarinense. De dia, completamente engarrafada. De noite, quase uma pista de corrida, com cenas de imprudência e acidentes constantes. Os pardais controladores de velocidade parecem não surtir mais efeito, pois já estão em locais “manjados”, o motorista desacelera e logo volta a pisar fundo.
Dados da Polícia Rodoviária Federal mostram que foram três mortes na Via Expressa em 2017: as duas de ontem e um andarilho atropelado por uma moto na noite de 6 de abril. Nesses meses ocorreram 126 acidentes, com 93 vítimas leves e 15 vítimas graves.
Por que não colocar lombadas eletrônicas piscantes, intensificar comandos de fiscalização em horários críticos de noite e madrugada? Talvez essas medidas não acabem com os acidentes e as mortes, mas certamente trarão algum efeito conscientizador. O mesmo vale para a SC-401, no norte da Ilha, um escândalo de insegurança no trânsito 24 horas por dia.
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