“Não estamos mais órfãos”. Foi com essas palavras que o padre João Bachmann anunciou nesta quarta-feira que a Diocese de Blumenau terá um novo bispo. Após a saída de Dom José Negri, comunicada há nove meses mas efetivada dia 15 de janeiro deste ano, a comunidade católica do Vale do Itajaí contava com o auxílio na administração apostólica de Dom João Francisco Salm, bispo de Tubarão. Em cerca de dois meses Dom Rafael Biernaski deve ser apresentando oficialmente como o terceiro bispo de Blumenau.

Continua depois da publicidade

::: Confira entrevista com Dom Rafael Biernaski, novo bispo de Blumenau

::: O que esperar de Dom Rafael Biernaski em Blumenau

– É um motivo de alegria receber esta notícia no dia em que a diocese completa 15 anos de fundação. É uma tarefa muito importante a de ser bispo e eu assumi a responsabilidade de auxiliar como possível a Diocese de Blumenau neste período, mas agora aguardamos com muita ansiedade a chegada do Dom Rafael para assumir o cargo – ressaltou Dom João Francisco.

Continua depois da publicidade

A escolha do bispo é um processo sigiloso, divulgado somente no boletim do Vaticano após a decisão do Papa. Dessa maneira, a Diocese de Blumenau ainda não teve contato direto com o novo bispo.

– Uma diocese sem bispo é uma diocese órfã. O Dom João Francisco nos ajudou muito nesse período, mas estávamos órfãos. Por isso esperamos com muita ansiedade a chegada do Dom Rafael. Um bispo é necessário para unificar uma diocese, estamos curiosos para saber quem ele é e como ele irá se adaptar à realidade da nossa comunidade – contou o padre João Bachmann.

::: Dom José Negri deixa Blumenau até o fim de 2014

::: Fiéis lamentam saída de Dom José Negri da Diocese de Blumenau

Como explica Dom João Francisco, alguns meses são necessários para que o bispo entenda as peculiaridades da comunidade, mas a experiência de Dom Rafael deve contar no processo de transição para Blumenau:

Continua depois da publicidade

– A missão é a mesma em qualquer diocese: divulgar o evangelho. Dom Rafael tem experiência e conhecimento, e só com o tempo irá conhecer os detalhes que formam a comunidade. Foi algo que nem eu consegui me adaptar, por dividir o tempo com a Diocese de Tubarão e ficar aqui poucos meses. O desafio no mundo atual é dialogar. Um bispo precisa dialogar com todas as religiões e crenças, com a firmeza para dar a sua opinião, mas respeitando quem não concorda. Como o papa Francisco nos ensina, o mundo precisa de paz, e diálogo é o caminho.