“Não estamos mais órfãos”. Foi com essas palavras que o padre João Bachmann anunciou nesta quarta-feira que a Diocese de Blumenau terá um novo bispo. Após a saída de Dom José Negri, comunicada há nove meses mas efetivada dia 15 de janeiro deste ano, a comunidade católica do Vale do Itajaí contava com o auxílio na administração apostólica de Dom João Francisco Salm, bispo de Tubarão. Em cerca de dois meses Dom Rafael Biernaski deve ser apresentando oficialmente como o terceiro bispo de Blumenau.
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– É um motivo de alegria receber esta notícia no dia em que a diocese completa 15 anos de fundação. É uma tarefa muito importante a de ser bispo e eu assumi a responsabilidade de auxiliar como possível a Diocese de Blumenau neste período, mas agora aguardamos com muita ansiedade a chegada do Dom Rafael para assumir o cargo – ressaltou Dom João Francisco.
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A escolha do bispo é um processo sigiloso, divulgado somente no boletim do Vaticano após a decisão do Papa. Dessa maneira, a Diocese de Blumenau ainda não teve contato direto com o novo bispo.
– Uma diocese sem bispo é uma diocese órfã. O Dom João Francisco nos ajudou muito nesse período, mas estávamos órfãos. Por isso esperamos com muita ansiedade a chegada do Dom Rafael. Um bispo é necessário para unificar uma diocese, estamos curiosos para saber quem ele é e como ele irá se adaptar à realidade da nossa comunidade – contou o padre João Bachmann.
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Como explica Dom João Francisco, alguns meses são necessários para que o bispo entenda as peculiaridades da comunidade, mas a experiência de Dom Rafael deve contar no processo de transição para Blumenau:
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– A missão é a mesma em qualquer diocese: divulgar o evangelho. Dom Rafael tem experiência e conhecimento, e só com o tempo irá conhecer os detalhes que formam a comunidade. Foi algo que nem eu consegui me adaptar, por dividir o tempo com a Diocese de Tubarão e ficar aqui poucos meses. O desafio no mundo atual é dialogar. Um bispo precisa dialogar com todas as religiões e crenças, com a firmeza para dar a sua opinião, mas respeitando quem não concorda. Como o papa Francisco nos ensina, o mundo precisa de paz, e diálogo é o caminho.