O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que acionará o Ministério Público Federal (MPF) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no caso do desembargador que afirmou haver “um nível cultural superior” no Sul do país.

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Dino anunciou que acionaria os órgãos e acredita que a conduta do desembargador se enquadra na Lei 7716/89, relativa a crimes de discriminação de “raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.

— Precisamos de uma Justiça antirracista no Brasil — falou o ministro Flávio Dino.

O desembargador Mário Helton Jorge afirmou haver uma diferença cultural entre as regiões do país, em sessão do TJ-PR (Tribunal de Justiça do Paraná) na quinta-feira (13).

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— Nós que trabalhamos nessa Câmara aqui, o pessoal fala muito da Lava Jato, do Petrolão, mas nós que estamos aqui no dia a dia, de vez em quando eu nem durmo, porque é uma roubalheira generalizada. Isso no Paraná, que é um estado que tem um nível cultural superior ao Norte do país, Nordeste, etc —falou o desembargador.

Em contato com o UOL, o TJ-PR disse não endossar os comentários e negou compartilhar “de qualquer afirmativa que possa ser discriminatória ou depreciativa”.

“Em nota pública, o Magistrado já reconheceu a inadequação de suas manifestações, apresentando as suas necessárias desculpas, às quais o Tribunal se associa”, afirmou.

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