Um simples café com leite ou refrigerante de 300ml ao custo de 6,5 euros (R$ 40 reais), cada. Some isso com o valor de um croissant, um sanduíche ou qualquer outra preferência. A conta será alta. O preço parece exorbitante para o bolso dos brasileiros, mas é praticado com naturalidade em Paris.

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Os catarinenses têm chances de medalha em Paris?

Com a desvalorização crescente do real, os turistas que viajaram para acompanhar os Jogos Olímpicos sentem o peso da viagem no próprio bolso, principalmente para quem se propõe a sentar em uma cafeteria ou restaurante em pontos turísticos.

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Viver o dia a dia em Paris significa gastar muito se você for despreparado. Para reduzir custos uma alternativa é procurar sempre um supermercado. E ainda há valores de transporte público, compras ocasionais etc. Tudo isso sem contar os montantes gastos com voo, hotel e ingressos para atrações turísticas ou entradas para as modalidades do evento esportivo.

Para estar na capital francesa com familiares durante o período dos Jogos Olímpicos, o curitibano Caio Augusto Miranda Ramos se preparou por um ano. Ele alugou um apartamento na cidade, onde ele tem feito as refeições diárias.

– É caro, mas faz um ano que nos preparamos. Estávamos preparados para gastar nessa faixa, mas está caro. Se converter nossa moeda (Real) por seis, dá uma castigada no bolso. Nós alugamos um apartamento e estamos cozinhando em casa. Inclusive, estávamos discutindo qual seria o jantar – conta ao NSC Total.

Curitibano Caio Augusto Miranda Ramos se preparou por um ano para viajar a Paris com a família (Diego Guichard/NSC Total)

A capital da França é considerada uma das mais caras do mundo para se viver. De acordo com o relatório do Economist Intelligence Unit (EIU) publicado no final de 2023, a cidade aparece em sétimo lugar em um índice mundial de custo de vida, atrás de localidades como Los Angeles (EUA), Hong Kong (China), Genebra (Suíça), Nova York (EUA) e Singapura (Singapura), respectivamente.

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Se a ideia inicial era ir de metrô grátis durante o período olímpico, o que se viu foi justamente ao contrário. Um bilhete simples passou de 2,10 (R$ 13) para 4 euros (R$ 24,50). Ou seja, quase 100% mais caro.

Veja também: Conheça a Vila Olímpica de Paris-2024

Natural da cidade de Mafra, a doutoranda em psicologia Eduarda Lehmann Bannach, 30 anos, está em Paris há um ano e meio para estudar e trabalhar. Mas ela sente na pele as dificuldades para residir na cidade, tendo em vista que uma das suas rendas provém do Brasil.

– É uma cidade mais cara se for comparada com outras localidades turísticas da Europa, como Barcelona, por exemplo. É muito difícil sair para jantar por menos de 20 euros (R$ 122). Porém, nas Olimpíadas, está mais caro ainda – avalia.

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Como alternativa para reduzir custos, ela utiliza uma bicicleta. Aliás, cada vez mais a capital francesa aposta nesse meio de transporte para desafogar o trânsito e tornar a cidade mais sustentável – um dos lemas de Paris 2024.

– Eu uso muito a bike, tenho plano ilimitado (de aluguel) para não gastar os 4 euros do metrô. Vou para quase todos os lugares de bicicleta – acrescenta a catarinense Eduarda.

Em um tipo de revolução urbana local, as autoridades ampliaram a malha de ciclovia. A resposta foi imediata: um estudo de abril deste ano revelou que o uso de bicicletas já supera ao de carros para deslocamento pela cidade, ficando atrás apenas de caminhadas ou transporte público.

Mascote da Olimpíada, um Phyrge oficial pequeno custa R$ 122 (Diego Guichard/NSC Total)

E para quem quer comprar uma lembrancinha? Um Phyrge, o mascote das Olimpíadas, por exemplo, em tamanho pequeno, sai por 20 euros (R$ 122). Já um modelo um pouco maior duplica para 40 euros (R$ 244). Até mesmos os comércios não oficiais são caros. Uma camiseta com o nome Paris-2024 pode custar 30 euros (R$ 184), se você não der uma chorada.

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Mas, claro, sempre há alternativas. Aquele mesmo café do início do texto pode ser encontrado por 3 euros (R$ 18) em locais menos populares. Já os supermercados vendem um refrigerante de 330 ml por 1 euro (R$ 6,14) – um sexto do calor cobrado em uma cafeteria.

Toda experiência é válida. Estar em Paris durante os Jogos Olímpicos não tem preço. Mas os brasileiros que ganham em real sabem que a conta é pesada. O dinheiro sai do bolso à francesa. Ou seja, você nem percebe.

*Diego Guichard é correspondente da NSC em Paris

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