A pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), em parceria com o MDA Pesquisa, divulgada nesta quinta-feira, apontou que a presidente Dilma Rousseff venceria a corrida presidencial em 2014 no segundo turno contra quaisquer candidatos, aumentando sua vantagem contra seus adversários.

Continua depois da publicidade

De acordo com a pesquisa, Dilma tem 45,3% das intenções de voto, contra 29,1% da ex-ministra Marina Silva em um eventual segundo turno entre as duas. Em setembro, na sondagem anterior, Dilma tinha 38,2%, contra 30,5% da Marina.

Quando o rival é o presidente do PSDB, o senador Aécio Neves (MG), Dilma seria reeleita com 46,6%, contra 24,2% do tucano. Na pesquisa anterior, Dilma tinha 39,6% e Aécio, 26,2%.

No cenário contra o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), Dilma tem a maior vitória: 49,2% contra 17,5%. Antes, o resultado era, respectivamente, 42,1% contra 17,7%.

A pesquisa apontou que a avaliação pessoal do governo da presidente Dilma Rousseff subiu, dentro da margem de erro, de 58% para 58,8%, entre os meses de setembro e novembro. Aqueles entrevistados que desaprovam o desempenho pessoal de Dilma, no mesmo período, caíram de 40,5% para 38,9%.

Continua depois da publicidade

A avaliação positiva do governo subiu, também dentro da margem de erro, de 38,1% para 39%. Por sua vez, a avaliação negativa ficou em 22,7%, ante 21,9%.

Rejeição menor

Em outra ponta, caiu o porcentual dos entrevistados que disseram não votar “de jeito nenhum” na presidente Dilma Rousseff. Esse índice caiu de 41,6% em setembro para 36,5% este mês. Por outro lado, subiu a rejeição total aos prováveis adversários de Dilma na corrida ao Palácio do Planalto em 2014.

A recusa total ao presidente do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB), subiu de 36,8% para 38,7%. No caso da ex-ministra Marina Silva, a elevação foi maior: de 30,8% para 33,6%. O presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, registrou um aumento nesse indicador de 33,5% para 37,3%.

Por outro lado, Dilma Rousseff é a que tem o voto mais consolidado. Ao todo, 24,1% dos entrevistados afirmaram que ela é a única candidata em que votaria, ante 20,2% na pesquisa anterior. Aécio Neves, por sua vez, subiu de 6,5% para 7,6%. Marina e Campos tiveram queda. A ex-ministra caiu de 11,1% para 8,9% e o pernambucano, de 2% para 1,8%.

Continua depois da publicidade

Questões econômicas

A pesquisa apontou que 53,7% dos entrevistados se consideraram “muito preocupados” com a inflação. Aqueles que estão “pouco preocupados” são 29,1% e os não preocupados somam 15,5%. Em outra pergunta, o instituto verificou a preocupação dos brasileiros com o crescimento econômico.

Ao todo, 44,1% dos ouvidos se disseram “muito preocupados” com o crescimento da economia, 35,8% “pouco preocupados” e outros 16,9% não estão preocupados.

Apurou que 38,3% dos entrevistados se disseram “muito preocupados” com a alta do dólar. Outros 28,3% afirmaram estar “pouco preocupados” com a valorização da moeda norte-americana e ainda 27,6% disseram que não estão preocupados com a variação cambial.

Revelou ainda que 63,4% dos entrevistados se disseram “muito preocupados” com as dívidas pessoais. Outros 19,4% afirmaram estar “pouco preocupados” com esses débitos. Outros 16,5% informaram que não estão preocupados.

Continua depois da publicidade

A pesquisa também apontou que 25,1% dos ouvidos vão destinar o 13º salário para pagar dívidas. Outros 13% afirmaram que vão poupar os recursos do pagamento adicional; 6,6% economizar para pagar as contas do início do ano; 5,6% já comprometeu o salário extra; 4,2% vão viajar; e 3,4% vão comprar presentes. Ao todo, 32,3% dos entrevistados afirmaram que não recebe 13º salário.

Mais Médicos

Mostrou também que 84,3% dos entrevistados dizem apoiar o programa Mais Médicos, uma das bandeiras do governo Dilma Rousseff. É o aior índice de aceitação já registrado, uma vez que em setembro 73,9% apoiavam o programa e, em julho, o porcentual era de 49,7%.

O índice daqueles que desaprovam o programa, em novembro, caiu para 12,8%. Há dois meses, era de 23,8%, e em julho, 47,4%.

O levantamento apontou que, para 66,8% dos entrevistados, os médicos estrangeiros estão capacitados para fazer o atendimento à população brasileira. Outros 21,5% afirmam que os profissionais não estão capacitados.

Continua depois da publicidade

A pesquisa registrou também que para apenas 13% dos entrevistados o programa cumpre totalmente o objetivo para o qual foi criado. Outros 46% dizem que o Mais Médicos cumpre em parte os objetivos. Para 21,6% o programa não cumpre os objetivos.

Apesar da alta avaliação do Mais Médicos, 90,6% dos entrevistados disseram que não conhecem alguém que já foi atendido por um médico estrangeiro. Somente 6,1% disseram que conhecem alguém que tinha sido bem atendido. Outros 1,5% conheciam alguém, contudo não foi bem atendido.

Foram entrevistadas 2.005 pessoas, em 135 municípios das cinco regiões do País, entre os dias 31 de outubro e 4 de novembro. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais.