A presidenta Dilma Rousseff viaja no domingo para Los Cabos, no México, onde ocorre a Cúpula do G20 – grupo que reúne as maiores economias mundiais – determinada a buscar um acordo geral referente às divergências, que restam para alinhavar o texto final da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. No México, ela aproveita a oportunidade para apelar aos líderes políticos que não participarão da conferência no Rio de Janeiro para que cooperem com as negociações em curso.
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Em Los Cabos, Dilma deve se reunir com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, além do primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron. Obama, Merkel e Cameron são as principais ausências na Rio+20, cuja previsão é reunir 115 chefes de Estado e de Governo, de 20 a 22 de junho. O secretário executivo da delegação do Brasil na Rio+20, embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, reiterou nesta sexta-feira que a presidente vai a Los Cabos com um relato completo sobre as negociações em curso no Rio de Janeiro. A ideia é apresentar aos líderes políticos um documento final com o mínimo de controvérsias, embora as divergências, neste momento, ainda dominem os debates.
– Os próprios líderes estrangeiros sabem a importância da conferência. Eles mesmos trazem o tema da conferência, para as conversas com as autoridades brasileiras. A presidentw vai levantar os pontos importantes da conferência. Ela viajará com uma informação completa do que está ocorrendo aqui. – disse o embaixador.
A partir desta sexta-feira à noite, o Brasil assume o comando das negociações. Pela frente, há uma série de desafios a enfrentar, como dirimir as controvérsias envolvendo os meios de implementação, que são as definições de metas para curto, médio e longo prazo; o que vai discriminar as ações para a governança global; o que vai definir as metas relativas ao desenvolvimento sustentável em si, como água e energia, além das propostas relativas à economia verde.
– O texto tem que harmonicamente progredir. Não é razoável que apenas parte do texto esteja limpo. Mas é natural que haja arrefecimento em certas áreas – disse o secretário executivo da delegação brasileira.
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