Ao chegar para a reunião do vice-presidente da República, Michel Temer, com a cúpula do PMDB, nesta quarta-feira, em São Paulo, o primeiro-secretário nacional do PMDB, Geddel Vieira Lima (BA), fez duras críticas à presidente Dilma Rousseff. O político, ex-ministro da Integração Nacional no governo Lula e ex-vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa no governo Dilma, disse que a petista tem de parar de se vitimizar e denegrir a imagem do país.

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— O discurso de se vitimizar e bancar a pobrezinha para angariar pena da população só faz denegrir a imagem do Brasil — afirmou.

— Ela tem que respeitar a Constituição e parar com essa conversa fiada de que houve golpe. Ela não teve maioria no Congresso (para barrar o impeachment) e quem não tem maioria perde as condições de governabilidade — comentou.

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Segundo ele, o povo brasileiro precisa entender que houve crime de responsabilidade e que a petista feriu a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e a Constituição.

Geddel chegou para o encontro acompanhado do ex-ministro Moreira Franco, presidente da Fundação Ulysses Guimarães, ligada ao PMDB. O senador Romero Jucá (PMDB-RR), um dos principais articuladores políticos de Temer no Congresso Nacional, também participa da reunião. Jucá relatou que estava ali para conversar, já que “as conversas são a matéria-prima da política”.

Nas críticas ao PT, o ex-ministro Geddel não poupou outras lideranças petistas, como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que em conversas com correligionários tem afirmado que, se Dilma for afastada e Temer assumir a Presidência, não sairá das ruas em protesto ao peemedebista.

— Essa postura não condiz com um ex-presidente da República, que deveria estar pregando a paz e o respeito à Constituição e não embarcar neste discurso bobo de golpe. E logo o PT e Lula, que pediram impeachment de tantos presidentes. Seriam eles também golpistas? — ironizou.

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