Em meio a uma nuvem de fumaça vermelha, cerca de 200 militantes petistas aguardaram o encontro entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, agora à tarde, em São Bernardo do Campo.
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Dilma chegou ao apartamento de Lula às 13h26min, um dia após ele ser conduzido coercitivamente a prestar depoimento à Polícia Federal, suspeito de envolvimento em desvios da Petrobras. Pouco mais de uma hora depois, saiu para embarcar para Porto Alegre, onde passará o final de semana.
Pouco antes da comitiva presidencial chegar ao Condomínio Hil House, onde Lula mora com a mulher, Marisa Letícia, o ex-presidente desceu à rua e foi ao encontro da multidão. Um carro de som chegou a ser estacionado em frente ao prédio, mas o petista disse que não iria fazer um discurso para não causar transtornos aos pacientes internados em um hospital do outro lado da Avenida Prestes Maia.
— Eu só vou caminhar um pouco e abraçar vocês, para agradecer de coração a solidariedade — afirmou.
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Lula foi ao encontro dos militantes que estavam em frente ao seu apartamento, em São Bernardo do Campo
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Desde o início da manhã deste sábado, pelo menos 300 pessoas se aglomeravam em frente ao prédio. Segurando cartazes, bandeiras do PT, do MST e da Palestina, eles entoaram palavras de ordem em apoio a Lula e disseram que vão reagir ao que chamam de ¿golpe¿. A Polícia Militar isolou o trânsito na frente do edifício e fez um cordão de isolamento na área.
Uma pequena confusão se formou quando uma manifestante contrária ao PT, Ju Isen, conhecida por exibir os seios em manifestações pró-impeachment, chegou ao local segurando uma bandeira do Brasil. Ela foi retirada às pressas e escapou de ser atingida por garrafas de água jogadas por petistas.
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Acompanhe ao vivo o movimento em São Bernardo do Campo:
Tweets de @FabioschaffnerNa sexta-feira, a presidente Dilma fez uma série de reuniões para alinhar seu posicionamento e resposta em relação à condução coercitiva de seu antecessor e padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva. Fora da agenda comandou no Palácio do Planalto uma série de reuniões com ministros, até soltar uma nota de apoio e fazer um pronunciamento em defesa de Lula, afirmando estar “indignada” com a ação da polícia federal.