A presidente Dilma Rousseff rebateu nesta terça-feira as críticas de que tenha feito uma parada desnecessária em Lisboa na volta do Fórum Econômico Mundial em Davos, negando também ter ido a um restaurante caro com dinheiro público.
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– Posso escolher o restaurante que for, eu pago a minha conta – disse, no hotel em que está em Havana.
Dilma também afirmou que é uma de suas exigências que aqueles que almoçarem ou jantarem com ela paguem a despesa, pois isso é “extremamente democrático e republicano”:
– No meu caso está previsto para mim cartão corporativo, mas não faço isso porque considero que é oportuno que eu dê exemplo, diferenciando o que é consumo privado do que é público – explicou.
Referindo-se à necessidade de se fazer uma escala em Lisboa, a presidente observou que o avião presidencial não tem autonomia de voo.
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– Estava estudando que pararíamos em Boston, Pensilvânia ou Washington, mas aí poderia haver problemas por causa da nevasca, então a Aeronáutica decidiu por Lisboa – justificou ela.
Indagada se estaria chateada e se as notícias atingem sua imagem de austeridade, Dilma negou:
– Não olho o que tem por trás, meu couro ficou duro, eu suporto.
Além das cobranças por explicações sobre as despesas, outro fato que repercutiu foi a foto postada no Instagram na qual a presidente aparece com olheiras (reproduzida no alto desta página).
Comissão de Ética recebe representação sobre viagem
A Comissão de Ética Pública da Presidência da República recebeu nesta terça-feira representação contra Dilma sobre a estadia em Portugal no último fim de semana. No sábado, a presidente desembarcou e dormiu em Lisboa após sair da Suíça.
Protocolada pelo PSDB, a representação informa que a escala em Portugal teve um padrão de gastos com “hospedagens de luxo a um alto custo para o erário”. A oposição também pediu que a Procuradoria-Geral da República apure o caso.
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