Reeleita para mais quatro anos de governo, a presidente Dilma Rousseff (PT) assumiu como primeiro compromisso do segundo mandato o diálogo. Após a vitória apertada sobre Aécio Neves (PSDB), a petista assegurou empenho para aliviar a tensão provocada pela campanha.
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Ao mesmo tempo, garantiu medidas para retomar o crescimento da economia, defendeu ações para o combate à corrupção e anunciou a realização de um plebiscito para iniciar a reforma política.
– Essa presidente aqui está disposta ao diálogo. E esse é o primeiro compromisso do meu segundo mandato: o diálogo – disse Dilma.
Ovacionada por centenas de militantes, a presidente reeleita falou por cerca de 30 minutos em um hotel de luxo de Brasília, ao lado de lideranças petistas e de partidos aliados, e do ex-presidente Lula, muito aplaudido.
– Faço o agradecimento ao militante número 1 das causas do povo e do Brasil, o presidente Lula – saudou Dilma.
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A candidata iniciou o pronunciamento com ares de conciliação nacional, desafio do governo depois da disputa acirrada com Aécio Neves. Destacou que, na história, triunfos por margens reduzidas ajudaram a produzir mudanças mais rápidas:
– Não acredito, sinceramente, do fundo do meu coração, que essas eleições tenham dividido o país ao meio. Entendo que elas mobilizaram ideias e emoções, por vezes contraditórias, movidas por um sentimento comum: a busca de um futuro melhor para o país.
Dilma descreveu sua vitória como um “voto de esperança” do povo, confiante na continuidade das melhorias do governo. Recordou que a palavra mudança foi a mais repetida pelos eleitores ao longo da campanha e anunciou a reforma política como “primeira e mais importante” a ser feita. A petista defendeu um plebiscito para consultar a população sobre o processo.
– Quero ser uma presidente muito melhor do que fui até agora. Estou sendo reconduzida para fazer as grandes mudanças que a sociedade brasileira exige.
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A presidente reafirmou um compromisso “rigoroso” no combate à corrupção. Também apontou a educação como vetor no segundo mandato, que terá olhar especial para as mulheres, negros e jovens. Antes, Dilma pretende tomar medidas para retomar o ritmo da economia nacional e assegurar emprego e renda. Ao final, antes de abraçar Lula e cantar parte do hino nacional, encerrou o pronunciamento com tom épico:
– Sei da responsabilidade que pesa nos meus ombros. Vamos continuar construindo um Brasil mais moderno, mais produtivo, um Brasil da solidariedade e das oportunidades. Brasil, mais uma vez essa filha tua não fugirá da luta.
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