A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, foi bem clara em sua exposição aos inspetores do Comitê Olímpico Internacional (COI) durante sabatina realizada nesta quinta-feira no Hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro.

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– Afirmamos que não queremos elefantes brancos – declarou.

Pouco depois, ela anunciou que o governo federal vai criar um fundo de investimento para garantir o orçamento de R$ 30 bilhões que deverão ser injetados na Olimpíada de 2016, se o Rio for escolhido sede do evento.

“Elefante branco” foi o rótulo mais aplicado para algumas instalações do Pan-Americano de 2007, no Rio, que ficaram às moscas depois dos Jogos. Como exemplos, o Parque Aquático Maria Lenk e o Velódromo.

À tarde, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista coletiva no canteiro de obras da CSA, em Santa Cruz, disse que o Brasil tem todas as condições de ser sede de qualquer evento mundial.

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– É preciso parar com a pequenez de pensar que o Brasil é inferior a outro país – declarou.

– É preciso parar de pensar com a ideia de que a Olimpíada tem de ser feita na Europa ou nos Estados Unidos – prosseguiu.

Lula esteve no Rio participando de vários eventos e se encontrou com os delegados do COI que estão na cidade para inspecioná-la. Com a intenção de reforçar os argumentos de que o Rio é capaz de receber Olimpíada, fez elogios ao Pan realizado na cidade em 2007 e o citou como exemplo de organização.

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que a exemplo de Dilma foi sabatinado, afirmou pela manhã que o Rio está um pouco à frente na disputa com Madri, Tóquio e Chicago por estar resistindo à crise mundial:

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– Mostramos a eles a nossa capacidade econômica e, ao mesmo tempo, a estabilidade. A economia brasileira será mais do que suficiente e sólida para os Jogos de 2016.