Em pouco mais de duas horas de reunião no Palácio do Planalto, Dilma Rousseff e o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, protagonizaram momentos de emoção e também de descontração. Após uma declaração conjunta à imprensa, Maduro surpreendeu Dilma ao presenteá-la com uma foto do presidente Hugo Chávez, morto em março, colocada em moldura de aproximadamente um metro quadrado.

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Antes de encerrar a declaração conjunta, Dilma resolveu homenagear a primeira-dama venezuelana, Cilia Flores, apontada como uma das principais aliadas do governo Chávez, com palavras em espanhol. Consciente que mistura português e espanhol, a presidente brincou com o fato, pois elogiou a venezuelana em portunhol que ela mesma disse ter sido “alvo de muitas críticas”.

Segundo Dilma, ela cumprimentava Cilia Flores e pedia que estendesse a todas as mulheres da Venezuela a sua saudação. Maduro retribuiu lembrando que mudaram as relações e a percepção dos venezuelanos em relação ao Brasil e aos brasileiros. Segundo ele, foi firmada uma relação de irmãos entre os dois países.

– O Brasil para nós era futebol, samba e caipirinha. Estávamos de costas para o Brasil. Nós não nos olhávamos, começou com uma certa desconfiança, nós escutávamos: “cuidado com o Brasil” – ressaltou Maduro, que se reuniu no Planalto, inicialmente, apenas com Dilma, e depois com os ministros brasileiros e venezuelanos.

Em seguida, o presidente venezuelano, que falou por 14 minutos, reiterou que o objetivo comum entre as nações sul-americanas é a unidade.

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– Nós tivemos conversas de irmandade. Nós somos irmãos de uma causa e vamos continuar a trabalhar por isso – disse.